Edição 0 - 06/11/2003

É HORA DE INFERNIZAR OS SENADORES

 HORA DE INFERNIZAR OS SENADORES

(E VOCÒ, DO BANCO CENTRAL, TEM FEITO ISSO MUITO BEM)

(Assessoria de imprensa do SINAL em Bras¡lia)

A alternativa concreta para os servidores diante da reforma da previdˆncia ‚
infernizar a vida dos senadores, nos seus gabinetes, aeroportos e at‚ nas suas
casas. A frase, na verdade uma conclama‡Æo, foi feita pela senadora Helo¡sa
Helena, na ter‡a-feira £ltima, pela manhÆ, em reuniÆo no gabinete do senador
Paulo Paim que contou com a presen‡a de mais de 20 entidades, incluindo o SINAL.

Em discurso emocionado, em que nÆo p“de conter as l grimas, a brava senadora
disse que o governo tamb‚m est  inseguro quanto … vota‡Æo da reforma no plen rio
do Senado. "Eles viram como foi apertada a vota‡Æo do apensamento ou nÆo das
duas PECs", acrescentou Helo¡sa Helena, que se referiu … rejei‡Æo, por 36 a 28
votos, do requerimento do PFL que buscava a tramita‡Æo conjunta da proposta
original aprovada na Cƒmara e a da "PEC paralela" da previdˆncia.

A reuniÆo com as entidades, que contou tamb‚m com a presen‡a da senadora Seres
Slhessarenko (PT-MT), foi um balÆo de ensaio para a audiˆncia que seria
realizada no in¡cio da mesma noite com quase vinte senadores, entre eles
Jefferson Peres (PDT-AM), Arthur Virg¡lio (PSDB-AM), Jorge Bornhausen (PFL-SC),
Jos‚ Agripino (PFL-RN) e Romeu Tuma (PFL-SP). Este £ltimo, ali s, havia estado
ausente da vota‡Æo que rejeitou a tramita‡Æo conjunta das duas PECs. Sua
presen‡a ‚ sinal de que os servidores tˆm condi‡äes de chegar ao n£mero de 33
senadores necess rios para barrar a aprova‡Æo do texto aprovado na Cƒmara.

O senador Jorge Bornhausen foi um dos mais veementes. Ele saudou a iniciativa
proposta pelos servidores de conseguir, por escrito, o compromisso de voto dos
senadores nas questäes chave como a mudan‡a nas regras de transi‡Æo.

No plen rio, aquele dia tamb‚m foi de cr¡ticas ao texto da reforma. Oito
senadores ocuparam a tribuna e foram unƒnimes em pedir mudan‡as na proposta.
Eles insistiram para que seja mantida a paridade para atuais servidores p£blicos
e se crie uma fase de transi‡Æo entre o atual e o futuro sistema de
aposentadoria do funcionalismo.

Detalhe importante: um senador do PMDB (Ramez Tebet) e outro do PT (Fl vio
Arns), que at‚ entÆo estavam em cima do muro, pediram ao governo que negocie
pelo menos a manuten‡Æo da paridade.

O senador Paulo Paim (PT-RS) alertou para o curto prazo que os senadores tˆm
para discutir e aprovar, em dois turnos, a reforma em questÆo ainda neste ano:
sÆo apenas 15 sessäes no plen rio at‚ o in¡cio do recesso parlamentar, em
dezembro. Antes de chegar ao plen rio, a batalha ser  na ComissÆo de
Constitui‡Æo e Justi‡a, a partir de 12 de novembro, quando as emendas dos
senadores serÆo votadas.

A avalia‡Æo dos sindicatos presentes sobre os dois encontros
– com que os dirigentes do SINAL concordaram expressamente – foi altamente
positiva, tendo todos sa¡do deles com expectativas bastante altas quanto a
mudan‡as no texto da reforma.

No entanto, nÆo foi isso o que a m¡dia passou para a
sociedade. Sobre as duas reuniäes, mormente a da noite, a que esteve presente um
n£mero expressivo de representantes de m¡dia documentando amplamente os
encontros, ironicamente, uma grande emissora de TV passou o v¡deo de um deles
como se seu tema fora reforma tribut ria, e a £nica not¡cia impressa deu-a um
jornal de Bras¡lia, minimizando o sucesso de ambos, criticando o senador Paulo
Paim e citando declara‡äes textuais que ele nÆo havia feito.

Isso ensejou um protesto veemente do senador na tribuna,
testemunhado pelo SINAL, a convoca‡Æo, por Paim, do autor da mat‚ria
jornal¡stica para uma retrata‡Æo e comprova o que de h  muito os servidores vˆm
percebendo: a m¡dia, ouvindo a flauta do governo, est  saindo da cesta encantada
como uma naja, cega (?) ao que nÆo interessa, aos "donos da caixa", divulgar.
NÆo abre nenhum espa‡o para a defesa do servidor, que, em £ltima an lise, ‚ a
defesa da constitucionalidade e do Estado.

Por isso, infernizar a vida dos integrantes da CCJ ‚ o mote.
Fazˆ-los lembrar seu papel na defesa intransigente da democracia e do direito
constitu¡do, para depois ficarmos cada um tranquilos, na certeza de termos feito
o poss¡vel contra o que h  de pe‡onhento nessa reforma.

E saiba que, se a reforma passar do jeito como est , nÆo ser 
por sua culpa, servidor do Banco Central. Ontem, dia 5.11, de acordo com
informa‡äes do nosso provedor de Internet, a regional do SINAL no Rio de Janeiro
teve seu servi‡o com os computadores "ralentado" porque houve um n£mero recorde
de acessos, por parte do funcionalismo, ao link "Al“, parlamentar" do Portal
SINAL.

Em mais uma demonstra‡Æo de " … pato novo, …., que
acha que pode tudo
", conforme declarou ontem o senador Arthur Virg¡lio
(PSDB-AM), a prop¢sito da edi‡Æo de uma MP que aumenta de 3 para 7% a al¡quota
do COFINS ao tempo em que se est  simultaneamente tratando de reforma tribut ria
no Congresso, o governo tem, a olhos vistos, lidado como elefante em cristaleira
em mat‚ria de reformas: por onde passa, vai quebrando tudo.

Por isso vocˆ est  "botando a boca no trombone", e faz bem.
Continue mandando a sua pr¢pria mensagem, ou os modelos que disponibilizamos
recentemente para os senadores, atrav‚s do "Al“, parlamentar" –
www.sinal.org.br
banner PCS/Previdˆncia. Escreva para o
senador do seu Estado (veja porquˆ, no artigo a seguir). As not¡cias –
verdadeiras, que nos trazem os representantes do SINAL – indicam que h  luz no
fim do t£nel previdenci rio. Leia o pr¢ximo artigo.

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