Edição 0 - 14/02/2011

Falta transparência!

 

Falta transparência!

Decisão de corte orçamentário divulgado pelo Governo atingirá o novo prédio?

Falta de informações cria insegurança entre os funcionários

Saiba o que está acontecendo com a construção do novo prédio do BC na Gamboa

A construção do novo prédio do BC na Gamboa está envolta numa série de dúvidas que merecem ser prontamente esclarecidas pela DIRAD/DEMAP, pois estão diretamente ligadas ao dia a dia de centenas de funcionários no Rio de Janeiro.

É lastimável a falta de transparência com que a alta direção desta Casa vem conduzindo essa questão.

Vamos relembrar alguns fatos:

1) No dia 14.09.2010, o Diretor da DIRAD, Anthero Meirelles, acompanhado do Chefe do DEPES, José Datolli, esteve no Rio de Janeiro para uma reunião com os funcionários, na qual informou que em 2011 seria iniciada a construção de um novo prédio na região do Cais do Porto, dentro do Projeto Porto Maravilha, destinado a transferência do MECIR, em virtude da inadequada localização e condições de trabalho que o centenário prédio atualmente oferece;

2) Questionado se existia também alguma previsão de transferência dos funcionários do prédio da ADRJA para a Gamboa, o Chefe do Depes informou que não existia essa possibilidade, pois o gabarito da área não permitia mais de 4 andares e o projeto completo para transferência conjunta do MECIR e dos funcionários do prédio da ADRJA previa um prédio de sete andares, ou seja, um andar térreo, onde ficaria o Caixa- Forte e mais seis andares administrativos e de serviços.

3) Em recente reunião do SINAL-RJ com o Gerente Administrativo da ADRJA, Felipe Beer Frenkel, foi confirmado que a obra está no seu início, e compreende um andar térreo onde ficará o Caixa-Forte e mais dois andares administrativos, o que corresponde a previsão inicial de conter apenas o MECIR, muito embora as fundações e a estrutura já estejam dimensionadas para suportar a construção dos sete andares, caso necessário;

4) Ocorre  que no último dia 11.02.2011, o Apito Carioca divulgou que o Prefeito Eduardo Paes  encaminhou à Câmara Municipal, em 13.01.2011,  em pleno recesso parlamentar, o projeto de Lei 47/2011, que amplia o gabarito daquela área para 30 metros, ou seja, para mais de sete pavimentos;

5) Segundo a exposição de motivos apresentada pelo Prefeito: “… o objetivo da proposta seria o atendimento a uma demanda da Diretoria do BC, que objetiva melhorar as condições da sede em terreno próprio, concentrando num mesmo espaço suas unidades administrativas..".; 

6) Fica claro que a real intenção da direção do BC é a transferência de todos para a nova sede e não se entende porque estão tratando esse assunto sem informar ao quadro de funcionários o que realmente está acontecendo;

7) Concordamos com os argumentos de que a localização do MECIR para o trânsito de carros-fortes e partidas com numerários é inadequada e que as instalações atuais  necessitam ser modernizadas, mas esse mesmo argumento não cabe para o prédio da ADRJA, que é relativamente moderno, tem localização privilegiada para seu o público alvo e está recebendo um caríssimo sistema de novos elevadores, além da implantação de um moderno sistema de estações de trabalho;

8) Cabe lembrar que iniciativas do gênero, ou seja, a transferência de prédios do BC para áreas de expansão/revitalização urbana foram realizadas em Belém e em Recife, sendo que em Belém o resultado foi positivo (Estação das Docas), mas em Recife, o resultado foi questionável, pois o projeto de urbanização sofreu um retrocesso e o prédio ficou  numa área isolada.

Enfim, uma série de questionamentos surgiram em função da falta de esclarecimentos da DIRAD com relação às condições em que essa transferência se dará, das quais destacamos:

    • Porque a DIRAD não comunicou ao corpo de funcionários do RJ a iniciativa de solicitar a Prefeitura do RJ a alteração do gabarito?

    • Será que corremos o risco de sermos colocados em meio a um imenso canteiro de obras, já que a previsão inicial para conclusão das obras do MECIR é de 30 meses, e a conclusão total do projeto do Porto Maravilha está prevista para as Olimpíadas de 2016?

    • Há previsão de serviços opcionais de transportes coletivos, alimentação, bancários e de serviços básicos, enquanto as instalações municipais no entorno do prédio não forem concluídas?

    • A alteração de gabarito apenas para o prédio do BACEN, estaria ligada ao fato desta autarquia passar a ser utilizada como trunfo pela Prefeitura do RJ para atrair novas empresas a se instalarem na região do Porto Maravilha?

    • Houve uma rigorosa avaliação das condições de segurança do quadro de funcionários, dada a localização do terreno, muito próximo a uma grande favela com tradição de violência?

    • O recente corte de verbas anunciado pelo Governo Federal – que atinge construções de prédios públicos –   interferirá nas obras do novo edifício do BC?

Enfim, mudar o local de trabalho de centenas de pessoas para um espaço sobre o qual não se tem total certeza se irá funcionar plenamente, não é algo que possa ser tratado a distância, apenas com assinaturas e despachos. Existem vidas envolvidas, que merecem ser devidamente informadas e ouvidas, pois elas representam o futuro desta Autarquia. 

Pesquisa de Opinião

Nos próximos dias, o SINAL-RJ realizará uma pesquisa com os funcionários do MECIR e do prédio da ADRJA, sobre o processo de transferência, para subsidiar contatos com a DIRAD.

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