O jornal O Estado de São Paulo publica carta do Sinal em resposta ao artigo Um novo Banco Central de Amir Khair.
Prezada editora,
O autor do artigo “Um novo Banco Central”, publicado na seção “Opinião” de 19 de março em “O Estado de S. Paulo”, informa, equivocadamente, que toda a atual diretoria do BC é formada por servidores de carreira.
Na verdade, integram-na dois diretores de fora dos quadros do Banco Central: Luiz Awazu Pereira da Silva, diretor de Assuntos Internacionais (Direx) e de Normas e Organização do Sistema Financeiro (Dinor) e Aldo Luiz Mendes, diretor de Política Monetária (Dipom).
A propósito, o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central – SINAL defende historicamente que toda a diretoria colegiada seja composta por servidores de carreira. Tal medida tornaria a instituição menos permeável às enormes pressões exercidas pelo mercado, e certamente melhoraria a qualidade das decisões do BC, tendo em vista o interesse público e o bem-estar da população.
Adicionalmente, ampliaria a autonomia técnica do BC e acabaria com a promiscuidade representada pelo vai e vem, no Órgão, de profissionais do mercado financeiro.
Tais executivos influenciam negativamente as decisões do Banco Central em prol de seus antigos empregadores e, ao sair, levam de volta ao mercado informações fundamentais e classificadas.
A indicação de um servidor de carreira – Alexandre Tombini – para a presidência do BC deve ser saudada como um avanço. É preciso, no entanto, completar o processo preenchendo-se todos os cargos de diretores com servidores do BC. Não falta competência ao nosso corpo funcional para exercê-los.
Sérgio Belsito
Presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central – SINAL
Veja aqui os arquivos em PDF do artigo original e da nossa carta publicada no Estadão.