Edição 27 - 28/03/2011

Campanha salarial


O Sinal está convidando para amanhã, terça-feira, na sede da Unacon, em Brasília, uma primeira reunião para avaliação de uma eventual campanha salarial conjunta.

 
Foram convidadas entidades que já têm alguma posição sobre o tema e, tradicionalmente, se vêm juntando ao Sinal nessa circunstância, ao longo dos anos – AACE, AFIPEA, ANESP, Assecor, SINDCVM, Sindsep, Sindsusep, Sintbacen e a Unacon, que abriga o evento.
 
A reunião se reveste da característica de sondagem e avaliação preliminares sobre o que pensam tais entidades, que têm em comum conosco a tabela salarial.
 
Eventualmente, no decorrer da campanha, poderão ser chamadas a participar outros representantes das carreiras de Estado, que no momento atual ainda não cogitam do assunto ou não tenham definido o rumo que darão às suas campanhas salariais.
 
O objetivo primordial é que a união de várias das carreiras congêneres forme uma frente de convencimento do governo.
 
A pauta do Sinal, em si, ainda não está construída: teremos uma nova assembleia no dia 19 de abril, após a qual será realizada votação eletrônica dos pleitos nela apresentados, na forma determinada pelo Estatuto do Sindicato.
 
O ano de 2011 começou mal para os servidores, todos sabemos.
 
Esse fato já tinha sido dado a entrever desde o ano anterior, com os boatos sobre cortes orçamentários e novo “fôlego” para projetos de lei – como o 549/09 (o do arrocho salarial por dez anos) – abertamente prejudiciais ao funcionalismo público.
 
Não deu outra: o corte veio, e veio … sobre o serviço público. Na semana passada (leia nesta edição em Agenda do Congresso I) foi designado o Relator do PLP 549. 
                                                                                             
Há todo um interesse voltado para a contenção de gastos com o servidor, sempre o bode expiatório no discurso batido do “enxugamento” de despesas públicas.
 
Precisamos juntar o máximo de forças para enfrentar o “paredão” do governo, que vem demonstrando insensibilidade com relação até mesmo aos compromissos assumidos e assinados pelo governo anterior.
 
No cerne de um Estado melhor, mais eficiente e efetivo, está a valorização permanente do servidor.
 
É impossível imaginar um serviço público de qualidade com funcionários mal pagos, mal assistidos, mal atualizados em relação ao seu trabalho.
 
A inflação está batendo na porta, e não serão os servidores públicos os escolhidos para arcar com seus custos sozinhos: é necessário que se mantenha o padrão salarial digno conseguido no governo anterior. 
 
O tempo (… e a inflação) é implacável, no entanto: entre o encerramento da discussão do último reajuste e o estabelecimento de um novo percentual de aumento, poderemos, tranquilamente, contar com 30,00% de perdas.
 
O governo atual não pode simplesmente esvaziar todo um processo que se iniciou no governo passado, e que buscou dotar o Estado de um corpo funcional à altura da sociedade brasileira.
 
A união com entidades congêneres é, portanto, passo fundamental para criar a estratégia da campanha salarial de 2011.

 

 

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