Edição 59 - 03/06/2011

SINAL demanda apuração dos indícios de assédio sexual na autarquia

Em maio, chegaram às redes informais, ao Sinal BH e – certamente – à Administração rumores quanto à existência de assédio sexual naquela regional. A esse respeito, já foram publicados dois informativos da regional Belo Horizonte: SinalBH informa nº 97, de 18/5/2011, e SinalBH informa nº98, de 24/5/2011.
 
O SINAL repudia qualquer tratamento desrespeitoso e entende que não pode se furtar ao tratamento do tema, especialmente quando o desatendimento dos princípios da impessoalidade e da moralidade ocorre nas dependências do Banco e/ou incide sobre colegas (sejam servidores, sejam terceirizados/colaboradores).
 
Pretendemos convencer do contrário aqueles que entendem que o enfrentamento do problema prejudica a imagem do Banco Central. Sinalizamos que o que fragiliza o Banco Central diante da sociedade são colegas que fazem prevalecer interesses particulares em detrimento do público. Nos envergonharíamos se arranjos para abafar casos de que minam a credibilidade da sociedade no serviço público prosperassem no Banco Central.
 
O SINAL defende a ética no ambiente de trabalho e se importa com a qualidade de vida de todos – servidores ou não, filiados ou não. Compramos essa briga requerendo ao Banco que cumpra seu planejamento estratégico 2011-2014 agindo de acordo com seus valores organizacionais, que incluem transparência. Se o Diretor de Administração declarou já ter tomado todas as medidas cabíveis, a elas, contudo, não foi dada a devida publicidade.
 
O SINAL quer saber o que foi feito institucionalmente para apurar a veracidade dos fatos e quais as providências administrativas adotadas. Se conjugássemos a Lei 8.112, com os Códigos Penal, Civil e de Conduta do Bacen, o mínimo que poderíamos extrair de um caso dessa magnitude, se comprovado, seria uma pena de censura – competência, aliás, do Comitê de Ética do BCB. Também o Corregedor-geral do Banco Central pode, de ofício ou mediante provocação, abrir um processo administrativo para apurar os fatos. Na inércia do Banco Central, o Ministério Público Federal pode ser acionado para verificar os fatos. Por óbvio, não gostaríamos que se chegasse a esse ponto. Pleiteamos uma solução caseira e efetiva, sem, contudo, ignorar alternativas mais drásticas.
 
Estamos no aguardo. O tempo urge, Banco Central!

Edições Anteriores RSS
Matéria anteriorII Ciclo de Conferências da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados / “A Liberalização Financeira e o Controle de Capitais”.
Matéria seguinteINSTITUTO CERVANTES: MAIS UMA PARCERIA DO SINAL