As decisões administrativas do BCB nos últimos anos vêm acarretando, intencionalmente ou não, um acentuado processo de desmonte das regionais. Dentre os muitos efeitos desse processo, estão os substanciais danos causados à Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) dos servidores do Banco lotados nas nove praças em que a instituição está presente.
Quais são as premissas desse modelo de regionalização? Em que se baseiam? Ele é o mais adequado para que o Banco faça bom uso dos recursos de que dispõe? Ou existem alternativas mais efetivas? De que modo se pode buscar o pleno exercício da capacidade produtiva e criadora dos servidores lotados nas praças? Como, enfim, promover condições para que, fazendo bom uso de seus recursos, o BCB possa melhor atender às demandas de uma sociedade ainda carente de serviços de qualidade?
Com esse entendimento, o Grupo QVT Sinal-RJ criou Grupo de Trabalho que tem como objetivo estabelecer um espaço institucional para o tratamento da questão, levando em conta que, ao desqualificar as praças, a Administração Central do Banco desqualifica, também, e principalmente, a significativa parcela da Comunidade BCB que trabalha nas unidades regionais, cerca de 2.500 colegas.
Tal desqualificação se materializa, hoje, naquilo que diz respeito mais diretamente ao tema QVT, principalmente:
1 – Pela negação da possibilidade de ascensão funcional, dado o número limitado e decrescente de funções comissionadas disponíveis nas praças;
2 – Pela ampliação da carga de trabalho e conseqüente comprometimento da qualidade do trabalho realizado;
3 – Pela restrição cada vez maior de participação de servidores lotados nas praças em atividades de concepção.
O Grupo de Trabalho – ao qual desejamos todo o sucesso no cumprimento de suas atribuições – é integrado por:
Delphim Nogueira – Lotado na ADRJA, conta com cerca de 4 anos de atuação na área de Planejamento Organizacional no Banco, aproximadamente 8 anos de trabalho em Gestão de Pessoas no BCB e Doutorado em Saúde Coletiva – Ciências Humanas e Saúde pela UERJ.
José Leite – Servidor aposentado, conta com cerca de 10 anos de atuação na área de Gestão de Pessoas do Banco e Pós-doutorado em Ciências Humanas pela PUC-RJ.
Márcio Araújo – Lotado no DEMAB, tem, como principal tarefa no GT, agregar ao trabalho do Grupo uma visão econômico-financeira a respeito do assunto, contando, para isso, com 18 anos de trabalho em tal área no BCB e Doutorado em Economia pela UFRJ.
Wanderley Silva – Lotado no DEORF, conta com cerca de 5 anos de atuação na área de Planejamento Organizacional do Banco, aproximadamente 10 anos de trabalho em Gestão de Pessoas no BCB e Doutorado em Psicologia Social, Organizacional e do Trabalho pela UnB.