SINAL-SP PROMOVE DEBATE SOBRE “FUNPRESP”
“É um assunto muito atual e importante e queremos oferecer a oportunidade aos filiados de conhecerem a nova realidade da previdência”, diz Aparecido Francisco de Sales, Presidente do SINAL/SP. “Muitas pessoas não têm consciência do que significam estas mudanças”, completa.
Para falar sobre esta privatização, foram convidados o deputado federal João Dado (PDT/SP) e Luiz Roberto Pires Domingues Junior, consultor previdenciário do SINAL, que explanaram sobre o assunto e elucidaram os questionamentos da plateia.
De forma cronológica, o deputado falou sobre a criação da Funpresp – Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal, as falhas, os trâmites e as tentativas de promover aprimoramentos com vistas à garantir de maior segurança jurídica para os servidores. Entre vários problemas, João Dado ressaltou o fato da gestão do fundo não ser obrigada a garantir a rentabilidade atuarial mínima do dinheiro do servidor. “Observa-se uma insegurança previdenciária de seus agentes públicos de carreiras exclusivas, num autêntico cavalo de Tróia de longa duração”, afirma.
Já Luiz Roberto Pires Domingues Junior deu enfoque ao impacto do novo Plano de Previdência Complementar para os novos servidores. Um dos pontos destacados foi a questão do surgimento de lutas internas na categoria. “Não haverá mais homogeneidade de anseios pelos servidores, pois cada um se enquadra em regras e interesses distintos”, alerta.
Para os presentes, o evento foi fundamental e cumpriu os objetivos de explicar o conceito da Funpresp, de detalhar regras, de esclarecer e de fazer os servidores refletirem sobre o cenário que se apresenta. “Não sabia muita coisa sobre este fundo e fiquei assustada com as possibilidades que foram levantadas, porque os palestrantes falaram com bastante segurança”, diz Sylvana Fernandes, funcionária do Banco Central. Luiz Ribeiro, compartilha a opinião da colega. “Foi muito elucidativo, tirei dúvidas e sai com uma grande preocupação que é a divisão que vai existir com a guerra de gêneros, que para mim é um grande erro”, conta.