Edição 92 - 20/07/2012

Deu na imprensa

 
A matéria "Salários de até R$ 81 mil", publicada pelo Correio Braziliense, em 18 de julho, merece uma reflexão de como a medida de transparência adotada pelo Governo pode ser usada ou interpretada de maneira distorcida pela imprensa.
 
Embora a reportagem explique que os salários acima do teto constitucional possam ter sido resultado de gratificações, férias e acertos judiciais, a ideia equivocada, que principalmente o título da matéria passou para os leitores, é de que o servidor do Banco Central, que percebeu os R$ 81 mil, é um marajá.
 
Na verdade esse funcionário recebeu, depois de muita dificuldade para juntar a documentação necessária para averbar seu tempo de serviço, um valor atrasado que lhe era devido desde 2009 por abono de permanência. A retroatividade, um caso de exceção, causou a distorção e foi recebido de uma vez só, o que não foi explicado pelo jornal, causando não apenas indignação por parte dos funcionários do BC, como jogando mais uma vez a a opinião pública contra o funcionalismo público.
 
Sérgio Belsito
Presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal)

 
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