Edição 70 - 23/07/2012

ASSEMBLEIA DE BRASÍLIA MARCA PARA 1º DE AGOSTO A DELIBERAÇÃO SOBRE GREVE.

Em assembleia convocada pelo Sinal, cerca de 300 servidores (290 assinaram lista de presença) de Brasília avaliaram, nesta quinta-feira,a campanha salarial deste ano e encaminharam ações para forçar o governo a parar de usar a inflação para depreciar os salários pagos aos servidores responsáveis pela estabilidade de preços e pela solidez financeira do País. Além dos servidores, estavam presentes jornalistas de diversos veículos de imprensa. A imprensa e a sociedade despertam para o perigo da estratégia de congelar os salários dos servidores das carreiras de Estado por tantos anos.

Em um encontro em clima de harmonia, com o pronunciamento de vários servidores,foram apresentadas três propostas formuladas pelos próprios colegas, todas aprovadas, não apenas por ampla maioria, mas por quase totalidade dos votos: antecipação da solicitação ao Banco Central da lista de atividades essenciais a serem preservadas durante uma greve; consulta ao BC sobre decretação de feriado bancário em caso de greve por 24 horas e convocação para assembleia no dia 1º de agosto de 2012 para deliberar sobre a greve.

Na próxima quinta-feira, 26 de julho de 2012, as carreiras de Estado estarão fazendo manifestação em frente ao Ministério do Planejamento, no bloco K. O Sinal-DF informou aos presentes que proverá os meios necessários (transporte, água, bonés, etc.) para assegurar ampla participação dos servidores no Ato de Protesto das Carreiras de Estado como deliberado em assembleia anterior.

O Sinal-DF observa que existe uma divisão no Governo e que é preciso fortalecer aquelas vozes do Planalto que acreditam que é preciso estancar perdas e recompor salários das carreiras de Estado. Entre os ministros que estariam a favor de uma postura de defesa do Estado e de suas carreiras típicas estariam Alexandre Padilha (Saúde), Brizola Neto (Trabalho) e Alexandre Tombini (Bacen). Para tanto, é preciso uma participação cada vez mais intensa nos atos de mobilização e nas assembleias. As notícias das últimas semanas evidenciam a capacidade de mobilização como fator determinante para a superação das resistências do governo à revisão das remunerações. A abertura de portas tem se dado em seguida a atos de forte presença, por exemplo, 24 horas depois de uma assembleia de quinhentos servidores solicitar, conseguimos uma reunião com o Presidente do Banco Central; 24 horas depois de um evento no MPOG, com dois mil servidores, 250 do BC, conseguimos ser recebidos pelo Secretário Executivo daquele Ministério.

Neste 19 de julho, em todo o País, os servidores do Banco Central estiveram mobilizados. No Rio de Janeiro além da Assembleia Geral Nacional também foi convocado um ato contra a postura protelatória do Governo Federal. Em São Paulo, em frente ao prédio do Banco Central, ocorreu ato de protesto das Carreiras de Estado pelo reajuste salarial, coordenado pelo Sinal-SP, com participação dos servidores do BC, Unacon, Sinagências, Sindsef-SP, SindCVM, SindSusep, Sintbacen, Sindifisco Nacional, Assecor, Sinpait, Anfip e CGTB, com a presença de deputados federais Arnaldo Faria de Sá e Ivan Valente.

Em várias oportunidades de discussão entre servidores do BC e seus representantes sindicais, surge a questão: por que agir se não temos como saber se há esperança de conseguirmos algum êxito? A resposta invariavelmente encontrada ou construída nos debates é a de que a esperança não seria uma premissa, mas uma consequência das nossas ações.

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