Edição 102 - 07/08/2012

Deu na mídia


Funcionários do Banco Central fazem paralisação nesta quarta-feira

Agência Brasil

Publicação: 07/08/2012 11:41 Atualização:
O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central espera que a paralisação de 24 horas marcada amanhã (8) conte com a adesão de 80% dos servidores. O banco tem 4.540 funcionários distribuídos em Brasília e mais nove cidades.
O presidente do sindicato, Sérgio Belsito, afirma que “a adesão vai ser grande”. Ele disse que o serviço de atendimento ao público será mantido durante o dia de paralisação.
A distribuição de cédulas e moedas deve parar e as mesas de operação de câmbio e títulos públicos vão funcionar com poucos funcionários, o que pode atrasar o fechamento.
Os servidores do BC querem reposição salarial da inflação de 23,01%. De acordo com Belsito, o banco não dá aumento desde 2008.
A decisão de fazer a paralisação amanhã foi definida em assembleia realizada no último dia 2. Está previsto também indicativo de greve por tempo indeterminado, a partir do dia 20.


 
Recorde de greves?
 
Lauro Jardim – Veja – Radar on-line
 
Com tantos órgãos públicos em greve no governo de Dilma Rousseff, houve quem lembrasse, no Congresso, dos tempos de governo de José Sarney:
 
– Pelo que já vi, o governo já tem 25 categorias de servidores públicos em greve. A Dilma conseguiu bater o recorde do Sarney, de dezessete ministérios em greve no governo dele.


 
Secretário afirma que greves de servidores acabam até fim do mês
 
Folha de S.Paulo
 
O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse ontem que a onda de greves nos ministérios terminará até o final do mês. Segundo ele, até o dia 31, o governo precisa encaminhar o projeto com o Orçamento de 2013 para o Congresso, e a pressão dos grevistas se intensifica nesse período para garantir reajustes no ano que vem. "Nós estamos tranquilos. É importante dizer que em agosto termina tudo isso", disse ele.
Augustin afirma que, de acordo com a lei, os aumentos encaminhados ao Congresso podem ser derrubados, mas não podem ser elevados em relação à proposta original encaminhada pelo Planalto. As declarações do secretário não levam em conta, porém, outros focos grevistas que começam a incomodar, como trabalhadores do Banco do Brasil, da Caixa e da Petrobras.


Policiais federais do país inteiro entram em greve a partir de amanhã
Folha de S.Paulo
Policiais federais de todo país aderiram à paralisação nacional programada para amanhã (7). O indicativo de greve foi anunciado na semana passada pela Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais).
A imensa maioria dos sindicatos estaduais aderiu ao movimento –a reportagem só não conseguiu confirmar a situação nos Estados do Rio de Janeiro, Amapá e Tocantins. Entre os serviços da PF que serão afetados pela greve estão a emissão de passaportes, a fiscalização de empresas de vigilância, a liberação de portes de armas e o atendimento a estrangeiros.
Os sindicatos têm anunciado que manterão apenas os serviços essenciais e o efetivo mínimo legal. Em São Paulo, os policiais farão um ato público junto com servidores da Anvisa e da Receita Federal no aeroporto de Guarulhos -no local, será feita ainda uma operação-padrão por parte da PF.
Também está prevista operação-padrão nos aeroportos do Paraná e nas duas pontes de Foz do Iguaçu (que ligam o Brasil ao Paraguai e à Argentina). A categoria reivindica reestruturação salarial e da carreira dos agentes, escrivães e papiloscopistas. O salário inicial desses três cargos é R$ 7.500, o equivalente a 56,2% da remuneração dos delegados, cujo vencimento de início de carreira é R$ 13,4 mil. O movimento também defende a saída do atual diretor-geral da corporação, Leandro Daiello Coimbra. A última greve nacional da PF ocorreu em 2004 e durou cerca de dois meses.


Servidores do Tesouro e CGU cruzam braços e greve pode aumentar
Reuters
‘Se até o dia 20 não tiver proposta nós vamos entrar em greve. Como já foi aprovado em assembleia’, disse o presidente do sindicato dos servidores do BC (Sinal), Sérgio Belsito.
A pressão em cima do governo federal por aumento salarial de servidores cresceu nesta segunda-feira com a paralisação no Tesouro Nacional e na Controladoria Geral da União (CGU), num movimento que deve se estender para outras entidades da área econômica e culminar com uma ampla greve a partir do dia 20. Os servidores pedem aumento salarial e protestam contra a falta de negociação com o governo, segundo o Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacom), que representa as duas categorias.
De acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional, a paralisação afetou operações de compra de títulos públicos no site do programa Tesouro Direto. Impediu também a realização de alguns sorteios de municípios que receberiam auditores da CGU para analisar as contas das administrações regionais. A paralisação desta segunda-feira, segundo o Unacom, atinge 50 por cento dos funcionários e deve durar até terça-feira.
Essa greve faz parte de uma ampla mobilização de 23 entidades de servidores públicos federais divididos nos seguintes setores: advocacia e defensoria federais, auditores do fisco e do trabalho, delegados e peritos da Polícia Federal, e do ciclo de gestão e do núcleo financeiro. Isso envolve servidores do Planejamento, Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários, Itamaraty, entre outros. A greve a partir de 20 de agosto deverá ocorrer caso o governo não apresente proposta satisfatória de recomposição salarial. O Ministério do Planejamento deve receber as categorias na próxima semana, mas alguns setores podem ter a reunião adiada. "Se até o dia 20 não tiver proposta nós vamos entrar em greve. Como já foi aprovado em assembleia", disse o presidente do sindicato dos servidores do BC (Sinal), Sérgio Belsito. O Sinal representa 4.500 servidores da ativa.
Já na próxima quarta-feira, servidores do BC, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e da Receita Federal fazem uma paralisação de advertência. "Estimamos que cerca de 90 por cento vão parar no dia 8", acrescentou Belsito. O Sinal quer reposição salarial linear de 23 por cento para todos os servidores do BC. No mesmo dia, está previsto um ato na Esplanada dos Ministérios com todas as 23 entidades pelo reajuste salarial. Também no dia 8, aproximadamente 600 servidores da CVM devem fazer um dia de paralisação, segundo o presidente do SindCVM, Leonardo Wanistok. "Acho que está todo mundo engajado", disse. Os funcionários da Superintendência de Seguros Privados (Susep) vão realizar assembleia no mesmo dia para decidir se aderem à paralisação daquele dia.
ADESÃO FORTE
Se essas 23 categorias entrarem em greve vão se somar aos mais de 350 mil funcionários públicos que já cruzaram os braços, incluindo professores e servidores de Universidades Federais, agências reguladoras, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além dos ministérios da Agricultura e Saúde, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) entre outros.
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Josemilton Costa, disse que a estratégia do governo de adiar as negociações tem efeito contrário ao desejado. "Cada dia mais aumenta o quantitativo de grevistas. Então essa estratégia mostra que o tiro está saindo pela culatra", afirmou o sindicalista.
O presidente do Unacom, Rudinei Marques, afirmou que o grau da paralisação desta segunda-feira surpreendeu. A Unacom representa 3 mil servidores da ativa. "Não esperávamos uma adesão tão grande", afirmou Marques. "Afeta a rolagem da dívida, a transferência de municípios. É inegável que tem um prejuízo para a administração pública", emendou. As duas carreiras ameaçam cruzar os braços por tempo indeterminado a partir do dia 20 para ficar em sintonia com os 23 grupos de servidores.
A Secretaria do Tesouro Nacional informou que as compras de títulos do Tesouro Direto ficarão paralisadas também na terça-feira, voltando ao normal na quarta-feira. As operações de recompra não foram prejudicadas. As emissões mensais do Tesouro Direto representam cerca de 0,8 por cento do total das emissões da dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi).

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