Edição 118 - 25/08/2012

Reunião das entidades com o MOG

A reunião começou com mais de 1 hora de atraso e com a manifestação do Sindifisco, em nome de todas as entidades presentes, repudiando a forma com que o Governo tem tratado o funcionalismo em geral e, especialmente, as Carreiras de Estado. Que essa estratégia está, não só, jogando a população contra os servidores que dão a sustentação ao Estado, mas também desmoralizando e desmontando o próprio Estado. Que a mídia está sendo abastecida pelo Governo e essa mágoa perdurará por muito tempo. "… a mídia até pode nos chamar de sangue azul, mas não o Governo. O Governo está decepando seu próprio braço direito". 

O discurso de todas as mais de 30 entidades (alguns órgãos estavam representados por mais de um sindicato / associação), que representam 80.000 servidores, foi de que a proposta do Governo não atendia às reivindicações. Uns disseram que ela foi rejeitada e outros, como o Sinal, que era insuficiente.

Aqueles que tinham autorização explicita apresentaram formalmente a contra-proposta de 6 % em 2013, 8 % em 2014 e 10 % em 2015 e os demais disseram entender que suas categorias possivelmente aprovariam essa alternativa.

Foi falado que a atual negociação vem desde 2009 e as greves são conseqüência e responsabilidade da própria condução do Governo. Que esperamos coerência entre a nossa proposta e aumentos que estão sendo tratados para o Judiciário e que é inadiável a necessidade de regulamentação da Convenção 151 da OIT e da negociação no serviço público.

O Secretário afirmou que não vê como positivo “satanizar” o servidor público, que nessa negociação não haverá ganhadores nem perdedores, se alguém ganhar, será uma vitória de Pirro. Argumentou que o Governo tem que garantir os serviços à população e que reconhece ter havido “excessos dos dois lados”.

Afirmou que já tinha a resposta pronta, que era de “fechar a questão”, mas que, diante da conversa e dos resultados trazidos à ele,vai conversar novamente com o governo. Quanto à Convenção 151 e a regulamentação da negociação, irá dedicar-se a partir de setembro, embora lhe pareça haver mais gente contra que a favor. Sobre as negociações com o Judiciário, disse que estão no mesmo padrão do Executivo, mas que, nesse caso, era um poder negociando com o outro.

Sergio Mendonça, por fim, diz que fará um esforço junto a seus superiores,pois não estava autorizado a admitir nenhuma alternativa. "Os negociadores sempre buscam um acordo satisfatório para todos, porém não garanto nada e a resposta pode ser a mesma de hoje".

Ficou entendido que o prazo máximo para conhecermos a posição do Governo será segunda-feira pela noite e que a decisão deverá ser submetida às categorias.

SINAL NACIONAL

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