Edição 12 - 20/02/2013

Deu na mídia

Relator acolhe emenda que assegura reajuste de servidor a partir de janeiro

Texto do relator poderá ser votado nesta terça-feira pela Comissão Mista de Orçamento.

Agência Câmara de Notícias, 19.02.2013

Os reajustes concedidos para os servidores públicos no ano passado, que viraram lei, poderão ser pagos normalmente pelos órgãos públicos, mesmo que a lei orçamentária ainda não esteja em vigor. A determinação consta no substitutivo que o senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) apresentou ao Projeto de Lei do Congresso (PLN) 55/12, do Executivo. O texto poderá ser votado nesta terça-feira (19) pela Comissão Mista de Orçamento.

O senador acolheu três emendas de autoria dos deputados Darcísio Perondi (PMDB-RS), João Dado (PDT-SP) e Policarpo (PT-DF), que autorizam o pagamento dos reajustes a partir de 1º de janeiro. As emendas favorecem servidores civis e militares, ativos e inativos. Também beneficiam ministros de tribunais superiores, como o Supremo Tribunal Federal (STF), e a Procuradoria-Geral da República.

Impasse

A Câmara e o Senado aprovaram no ano passado dez projetos de reajustes salariais negociados pelo Executivo com servidores. Os recursos para viabilizar os aumentos foram colocados em um anexo específico da proposta orçamentária e deveriam ser liberados a partir do contracheque de janeiro, após a sanção do novo Orçamento. A não aprovação da proposta orçamentária pelo Congresso, porém, criou um impasse jurídico sobre a legalidade de conceder o aumento. O Executivo e o Ministério Público da União (MPU) decidiram pagar mesmo sem a lei orçamentária estar em vigor. Os demais poderes resolveram aguardar a sanção da lei. O substitutivo do senador Antônio Carlos Valadares resolve a questão ao autorizar a utilização dos recursos constantes do anexo da proposta orçamentária direcionados para as dez leis salariais. O relator disse que ficou surpreso ao saber que apenas os servidores do Executivo e do MPU estavam recebendo o contracheque com o aumento. “A intenção do Parlamento foi assegurar o pagamento desde o início do ano para todos”, afirmou.

Valadares acolheu ainda uma emenda de autoria do senador Romero Jucá (PMDB-RR) que amplia em R$ 20 bilhões o abatimento que o governo pode fazer na meta de superavit primário deste ano, que passa de R$ 45,2 bilhões para R$ 65,2 bilhões. A mudança foi solicitada pelo próprio governo, sob o argumento de que pode precisar de um espaço fiscal maior para reativar a economia.

Mudança na LDO

O PLN 55 altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). O texto foi enviado para viabilizar reajustes para mais de 20 carreiras do Poder Executivo. Segundo a LDO, somente os projetos de aumento salarial enviados até 31 de agosto de 2012 poderão receber recursos do Orçamento de 2013. As carreiras beneficiadas pelo PLN 55 só fecharam acordo salarial em dezembro. Para que elas possam receber a correção neste ano, o Congresso preciso modificar a LDO, estendendo o prazo de envio dos projetos até 31 de dezembro de 2012. A Comissão Mista de Orçamento poderá votar o PLN 55 em reunião às 14h30 desta terça-feira, no Plenário 2.


Votação do Orçamento só sai após 12 de março

Jornal do Comércio (RS) online, 29.02.2013

À espera de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o governo trabalha com o calendário de votação da proposta de Orçamento de 2013 não antes do dia 12 de março. A expectativa é que o Supremo tenha na próxima semana uma posição definitiva sobre a forma de votação dos vetos presidenciais acumulados no Legislativo. A votação do orçamento está condicionada a uma solução sobre a votação dos vetos.

"Chance zero de votar (o Orçamento) na semana que vem. Antes de duas semanas, não vota. O próprio governo apresentou um calendário de 15 dias", afirmou o líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ), após reunião de líderes da base com o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP).

O governo foi informado que o presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, está disposto a colocar o tema dos vetos em julgamento em breve, mas espera que o ministro Luiz Fux apresente a questão. Além disso, o tribunal não está completo nesta semana com a ausência em Brasília do ministro Ricardo Lewandowski.

A votação do Orçamento da União foi adiada em dezembro, depois de uma decisão liminar de Fux em torno da votação do veto presidencial à lei dos royalties do petróleo. Ele determinou a votação dos mais de 3 mil vetos em ordem cronológica. A ação foi parar no Supremo na tentativa de impedir que os royalties fossem distribuídos de maneira mais equilibrada entre todos os Estados, contrariando a bancada do Estado do Rio de Janeiro. Embora o ministro Fux tenha afirmado não haver problemas para a votação do Orçamento, a liminar é considerada como um obstáculo à votação, gerando uma situação de insegurança jurídica.

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