Edição 94 - 30/06/2004

CAMPANHA SALARIAL: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

Estamos em plena Campanha Salarial 2004. Os dias de trabalho seguem normalmente, no Banco Central: apenas uma expectativa no ar os torna diferentes dos demais.

O sindicato, no entanto, nÆo parou enquanto aguardava a reuniÆo de hoje: nossos dirigentes e os fi‚is amigos do SINAL tˆm trabalhado permanentemente. Mantendo contatos com os minist‚rios, parlamentares e demais entidades sindicais, fazendo simula‡äes in£meras de PCS, buscando informa‡äes complementares, discutindo e harmonizando as opiniäes do Conselho Nacional sobre a dire‡Æo do movimento funcional.

Da alian‡a com UNACOM, SUSEP e CVM

essa foi a "alian‡a do reajuste 0%": uma frente unida, consolidada, objetivando a abertura das negocia‡äes. Foi um acordo que deu certo porque visava a obter o m ximo poss¡vel para todas as categorias, nÆo o mesmo sal rio ou as mesmas condi‡äes de ganho. Tanto ‚ assim que temos tido com o governo encontros em separado, por conta da questÆo, meramente pr tica, das especificidades de cada carreira. Continuamos, por‚m, em contato permanente, podendo vir a realizar novas atividades conjuntas, pois avaliamos como positiva nossa alian‡a, tendo-se consolidado a impressÆo de que os servidores do BC precisam estar irmanados com categorias congˆneres.

Do prazo da negocia‡Æo

temos um prazo, proposto pelo governo e acordado entre as partes: dois meses a contar de 21/5/2004.

Mesmo com VONTADE POLÖTICA MÖNIMA do governo, e apesar dos atrasos injustific veis na apresenta‡Æo da proposta, entendemos que ‚ poss¡vel concluir dentro dele a negocia‡Æo na Mesa, bem como viabilizar a aprova‡Æo no CN em tempo h bil. Lembremo-nos que os atrasos ocorridos foram veementemente criticados por n¢s, da¡ termos obtido o compromisso formal do governo para o dia de hoje.

Da estrat‚gia

optamos, desde o in¡cio, pela entrega de uma pauta concisa, deixando em aberto a quantifica‡Æo do PCS, pois entendemos que cabe ao governo apresentar a proposta concreta dentro dos parƒmetros definidos.

Pretendemos apresentar contra-proposta que recomponha adequadamente o PCS. Proposta elaborada sob crit‚rios t‚cnicos, que nos aproxime das carreiras semelhantes e cuja aprova‡Æo possamos vislumbrar, dentro dos parƒmetros-limite do governo.

O SINAL est  tecnicamente preparado para fazˆ-lo, e tem o firme prop¢sito de melhorar ao m ximo a proposta no curso da negocia‡Æo, nos termos da pauta, cabendo, por‚m, ao funcionalismo, a decisÆo final de aceita‡Æo, tomada em assembl‚ia nacional.

Da greve

for‡oso lembrar que s¢ chegamos … Mesa porque fizemos dois vitoriosos dias de greve: no BC e nas demais entidades do Ciclo de GestÆo, SUSEP e CVM. Entendemos que pelos sinais, at‚ aqui fracos, enviados pelo governo, novas greves nÆo podem ser descartadas.

Conhecer a proposta ‚ preciso, porque negocia‡Æo e confronto tˆm, cada um, o seu tempo.. Amea‡as e ultimatos do governo fazem parte do processo e nÆo os devemos temer; por outro lado, greve tem hora e medida certas, j  que ‚ o £ltimo recurso a ser empregado, e se estritamente necess rio. A negocia‡Æo est  aberta. Est vamos na "Estaca 0%" e conseguimos sair dela. Queremos, portanto, negociar ao m ximo antes de confrontar o governo.

A greve para amanhÆ, 1§ de julho, se nÆo houver proposta na v‚spera, nÆo est  descartada. Como nÆo estÆo descartadas outras paralisa‡äes que as assembl‚ias, soberanas, decidam.

O governo deve estar consciente de seu compromisso com a apresenta‡Æo de uma proposta hoje. Espera-se que ela venha para 2004 e contemple todos os segmentos do funcionalismo: novos, "m‚dios", antigos, aposentados.

Porque, de outra parte, sabemos n¢s que os servidores do BC estÆo unidos, na expectativa de que finalmente se concretize sua reivindica‡Æo antiga de valoriza‡Æo funcional.

Estamos preparados para a proposta do governo: teremos resposta para qualquer forma sob a qual ela venha.

Todos atentos, portanto: a reuniÆo ‚ hoje !

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