Edição 1143 - 09/02/2021

Reunião com o Depes sobre o Programa de Gestão e Desempenho

Parabenizamos o Depes pelo convite de todas as representações dos servidores para a primeira apresentação do Plano de Gestão e Desempenho, no dia 05, previamente à apresentação a todos os servidores. Mais uma vez o Sinal DF deixa claro que a melhor maneira de construção da Qualidade de Vida no Trabalho dos servidores é pelo desenvolvimento conjunto e participação ativa nos processos conforme a Política de QVT aprovada em 2004, no primeiro Fórum de QVT do Banco Central promovido pelo próprio Depes.

Um dos principais pontos defendidos pela categoria, já naquela época, foi a redução e/ou flexibilização da jornada de trabalho. Quando foi criada uma comissão para aprofundamento do assunto e onde foram aventadas várias possibilidades inclusive o Teletrabalho, com o nome de “sobreaviso”, como já era prática em departamentos como o Deinf, pela natureza de suas entregas. As pessoas têm mudado, o mundo está em constante mudança. Nem é necessário citar o momento em que estamos inseridos na pandemia, que nos obriga ao distanciamento social e ao trabalho remoto que, na nossa avaliação convergente com a avaliação da ANAFE: “foi o fator que mais propiciou o desenvolvimento e a implementação do atual Programa”.

Os técnicos do Depes vêm há anos postulando a necessidade de um gerenciamento de entregas, em contraposição ao controle de pessoas, defendido por alguns órgãos, como o antigo Ministério do Planejamento, por meio da implantação controle de assiduidade.

Um dos benefícios destes tempos tão duros para todos sem dúvida alguma, foi provar para os gestores mais resistentes que o sistema, mesmo o trabalho remoto com todos os seus desafios, funciona.  E não só isso, o teletrabalho, que esperamos ansiosamente que seja já em outro contexto, fora do caos da pandemia, trará benefícios para os dois lados: institucional e o pessoal. O que não poderia ser diferente para as práticas mais avançadas de gestão. Há a negociação ganha-ganha.

O Sinal DF, nesta última gestão, traçou como uma das estratégias, fazer benchmark com outros órgãos bem avaliados pelos servidores que já estavam na dianteira do Banco Central no chamado teletrabalho e fomos surpreendidos pela fala da CGU que o processo que os colocou na dianteira no Programa de Gestão, sendo o norte para o governo atual lançar a IN 65, foi o benchmark que eles (CGU) haviam feito com o Banco Central há um tempo atrás sobre mapeamento de processos. Os processos de trabalho da CGU pela sua missão institucional são mais simples de mapear dos que os do Banco Central, deixando claro, que estamos falando de complexidade e não de importância.
Estivemos também com o TCU. Em todos esses encontros o Sinal, fez questão de convidar todos os representantes de servidores, inclusive do BC, no sentido de criar uma visão mais crítica dos processos.

Avaliamos que o Depes foi muito feliz ao inovar e juntar as ferramentas de Gestão e Desempenho, passando, ao nosso ver, a dianteira do que há no serviço público em instrumentos de Gestão de Pessoas, título que julgamos mais humanizado do que Recursos Humanos.

Aproveitamos para deixar a dica que é possível alinhar o Planejamento Estratégico, Tático e Operacional aos respectivos resultados e entregas. Mas já será um novo capítulo.
Voltando à Gestão de Pessoas, ressaltamos na reunião que o Banco Central tem todas as condições de voltar a ser também referência no que tange ao cuidado com as pessoas.

É sabido também que em países que já há muito tempo tem experiência com o teletrabalho, o nível de adoecimento mental pelo distanciamento, como depressão e síndromes ansiosas, aumentam vertiginosamente. Assim como aumentam significativamente os casos de assédio moral.

Sobre o ganho de produtividade, o Sinal questionou fortemente, visto que nem o Ministério da Economia está exigindo. Nos foi explicado que poderá ou não ocorrer ou ser exigido a depender do tipo de atividade que o servidor desempenha. O exemplo dado foi de que se o servidor trabalha com muitas interrupções no presencial, como atender telefone ou público, no teletrabalho pode ser pedido esse aumento.

Por outro lado, queremos lembrar que o desenvolvimento tecnológico e modernização dos processos de trabalho só fazem sentido se beneficiam as pessoas envolvidas nos processos.  O investimento no aprendizado das novas tecnologias deve também servir para diminuição dos tempos para as execuções das tarefas.
Outro ponto de integração que o Sinal DF vislumbra, objeto de cursos apela ENAP, a ser estudado no futuro é a vinculação do Planejamento Estratégico, Tático e Operacional, ao Programa de Gestão e Desempenho.

Queremos agradecer às diversas pessoas que ao longo do tempo têm trabalhado, plantado sementes e cultivado os ideais das melhores práticas de gestão no Banco Central. Neste momento, a necessidade de adaptação ao trabalho remoto pôde quebrar as resistências que ainda haviam em alguns gestores e mostrar o comprometimento das pessoas com o trabalho de servir o Brasil por meio das entregas de suas tarefas individuais e de equipe – comprometimento este, que é um dos maiores valores implícitos do Servidor Público, que paradoxalmente tem sido tão desqualificado e ao mesmo tempo responsável por encontrar as soluções para as crises atuais e inovações como estas.

Parabéns aos Servidores Públicos do Banco Central, parabéns aos colegas do Depes, e sobretudo aos do Sinal, que lutaram e defenderam o Teletrabalho, e do BC de hoje e desde muito tempo, que tem construído as bases para que esta realização fosse possível!
A vitória é de todos!

Sabemos que o Programa é novo! Dificuldades possivelmente surgirão e colocamos o Sinal à disposição daqueles que sentirem dificuldades nos sistemas, na relação com os chefes e/ou subordinados para que possamos sanar os problemas sem que a pessoa precise se expor, se desgastar etc. O Sinal está aberto. Estamos atentos!

Juntos somos mais fortes!

“Para construir a vida nova, vamos precisar de todo mundo!”

Andréia Medeiros
Presidente do Conselho Regional
Seção Regional Brasília

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