Edição 051 - 12/12/2014

Seminário Sinal-RJ – Perspectivas econômicas no Governo Dilma 2

 

A indicação recente dos nomes para o comando da economia, com a sinalização que esses nomes trazem na expectativa dos agentes econômicos, parece indicar uma mudança de modelo econômico no segundo mandato da Presidente Dilma Rousseff. Essa mudança teria por orientação uma política de ajuste econômico que deve privilegiar o lado fiscal.
 
Um contexto internacional menos favorável para as economias que concentram parcela significativa da sua pauta de exportações em commodities agrícolas e minerais, como a brasileira, traz preocupação quanto a sua margem de manobra em caso de aprofundamento da crise internacional.
 
Por um lado, a perspectiva de perda do grau de investimento da nossa economia pelas principais agências avaliadoras de risco parece ser um norteador das ações do Governo ao menos no próximo ano. A política de ajuste que deveremos ter segue um roteiro que não se mostrou eficaz em outros tempos no Brasil e também, mais recentemente, em países europeus atingidos pela crise de 2008.
 
Por outro lado, a confirmação da redução do excesso de dólares na economia internacional é compatível com a política de câmbio flexível no Brasil. Em um cenário em que a taxa de juros se mantem em alta para o controle da inflação, o ajuste macroeconômico deve depender da conta fiscal, conforme o modelo padrão. O processo de acomodação a um cenário desse tipo não deve ser de fácil execução.
 
Perante essa possível mudança de trajetória das principais variáveis macroeconômicas e seu impacto sobre os menos favorecidos economicamente e a classe trabalhadora, o Sinal-RJ convidou o economista Fernando Cardim de Carvalho para nos ajudar a entender melhor essa mudança de cenário.
 
Nesse encontro, podemos questionar até que ponto será possível manter os atuais programas de transferência de renda e de seguro desemprego. Caso esses programas sejam mais requisitados, em resposta ao possível aumento do desemprego como consequência de uma política econômica contracionista, quem deve contribuir mais para pagar essa conta? Ou ainda, como a redução do investimento público para atender a meta de superávit primário por parte do Setor Público afetará os serviços prestados pelo Estado? Um consequente menor poder de barganha da classe trabalhadora, como poderá afetar sua atuação? Haverá espaço para uma atuação sindical eficaz?
 
Coloque na sua agenda: Seminário Sinal-RJ, dia 17 deste mês, às 9h30, no auditório menor do 24º andar no Edifício sede do BC, na Avenida Presidente Vargas.
 
Venha assistir ao seminário e traga suas dúvidas, questionamentos e opinião.

 

 

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