Edição 122 – 7/10/2013
Serviço público mostra aumento no número de servidores em dez anos e melhora do nível de instrução dos profissionais
A Escola Nacional de Administração Pública (Enap) divulgou, na última semana a cartilha Servidores Públicos Federais: Perfil – 2013, um panorama do serviço público federal brasileiro. Usando como base dados de 2002 e de 2012 reunidos pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, a instituição concluiu que o servidor federal, em maior parte, tem hoje entre 46 e 60 anos, é homem, completou o ensino superior e trabalha no Poder Executivo. A radiografia completa da força de trabalho na administração pública, que traz ainda a evolução desse perfil nos últimos dez anos.
Atualmente, o Brasil conta com pouco mais de 1,13 milhão de servidores públicos federais ativos, 28% a mais do que os cerca de 883 mil que havia em 2002. O grau de instrução desses profissionais aumentou. Os servidores com mestrado, que correspondiam a 4,1% dos ingressantes no serviço público em 2002, passaram a ser 6,5% em 2012. Os doutores, que eram 4,5% dos ingressantes em 2002, corresponderam a 10,1% dos profissionais que entraram na carreira pública no último ano. E o número de profissionais que não tinham ensino superior completo ao ingressar no serviço público há 11 anos, à época 45,7% do total, em 2012 somou 33,6%.
O perfil do servidor do Banco Central acompanha aquele identificado pela Enap para a força de trabalho da administração pública federal: homem, de 45 anos, com ensino superior completo. Segundo dados do Depes, dos 4.379 servidores ativos ao final de 2012, 78,99% são homens; 21,01%, mulheres. A média de idade da força de trabalho é de 45 anos e cinco meses. Apenas 9,32% dos servidores, ou 408, têm menos de 30 anos; 25,58% têm de 31 a 40 anos; 29,6% têm de 41 a 50 anos; 28,57% têm entre 51 e 60 anos; e 6,94%, ou 304 servidores, têm mais de 60 anos.
O grau de instrução da força de trabalho do BC, no entanto, é em média mais alto do que o do servidor público federal. Dos 3.438 analistas ativos, 61,93% têm grau de instrução acima do mínimo exigido para o cargo, que é o ensino superior completo. Desse quadro, 5,33% concluíram doutorado ou pós-doutorado; 20,7% já são mestres; e 35,89% têm algum curso de especialização.