Edição 96 - 8/8/2013

Sinal participa de debate sobre reforma política


 

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O presidente nacional do Sinal, Daro Piffer (último à direita), na mesa do seminário

O seminário “O papel das carreiras de Estado na reforma política”, promovido pelo Fonacate, reuniu cerca de 200 pessoas no Auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados. O Sinal, com dirigentes nacionais e regionais, integrou a delegação de servidores de variadas categorias e unidades da Federação.

Como informamos no Apito 95, o contraditório expresso na reunião do dia anterior, com a participação do deputado Augusto Carvalho (PPS-DF), reproduziu-se nas mesas de debate. O principal consenso entre os expositores foi pelo fim do financiamento privado de empresas, limitando-o a pessoas físicas.

Em sua exposição, Simeon Nichter, da Universidade da Califórnia, destacou o clientelismo por ele observado em suas andanças e pesquisas pelo interior do Nordeste.

O juiz Marlon Reis, do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), explicou o projeto eleições limpas e agradeceu ao Fonacate a adesão ao movimento. Segundo ele, assinar a petição, disponibilizada na internet, é uma forma de pressionar o Congresso a acelerar a tramitação da reforma política, para que provoque resultados já em 2014.

Além de limitar a ação do poder econômico nas disputas eleitorais, o objetivo do projeto, afirmou o magistrado, é o de fortalecer o debate de ideias e programas dos candidatos.

Para o professor Juarez Freitas, da PUC do Rio Grande do Sul, as campanhas devem ser mais modestas. No exemplo do papa Francisco, condenou os gastos descomunais e sugeriu o fim das negociações partidárias em relação ao tempo das campanhas eleitorais de rádio e televisão.

Cientista político, Roberto Pires, ao afirmar que a reforma eleitoral é insuficiente, defendeu a ampliação dos mecanismos de participação popular nas decisões de Estado.

O secretário da Secretaria de Controle Interno da Secretaria-Geral da Presidência da República, Jerri Eddie Xavier, lembrou a necessidade de se fazer valer as leis de controle e combate à corrupção e citou diversas iniciativas parlamentares, incluindo as que estão em tramitação, que permitem um trabalho mais eficaz da Corregedoria Geral da União (CGU).

Por fim, o deputado João Dado (PDT-SP), que discursou na abertura e no encerramento dos trabalhos, exemplificou o caso de Pernambuco, onde deputados não aprovados pelas urnas gastaram 38 vezes mais, em média, que os eleitos, ao criticar a influência do poder econômico nas eleições.

Segundo ele, os eleitores votam nas pessoas e não nos partidos, sendo elas os representantes da vontade popular.

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Delegação do Sinal

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