Edição 91 – 29/6/2015

Sinal responde na mídia afronta do governo


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O primeiro sentimento expresso por muitos dos servidores federais ante o arrocho apresentado pelo governo variou da incredulidade à amargura. Houve até quem qualificasse a proposta de “mandioca”, adjetivo bem traduz o que significa o enterro das perdas inflacionárias dos últimos anos: uma conta adicional apresentada aos que se dedicam a cuidar do Estado e bem servir o público, que se soma à subcorreção da tabela de imposto de renda, desconto previdenciário dos aposentados e tantas outras impostas em nome do “ajuste fiscal”.

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Dizer que a sociedade não tolera gastar mais de 4% do PIB com o funcionalismo traz à memória uma conhecida cantiga do folclore brasileiro. É mentira do governo. O limite socialmente tolerado é estabelecido em lei, e representa 50% da receita corrente líquida da União, quando falamos da esfera federal. O gasto hoje não passa de 37% nos três poderes, ou seja, a sociedade permite aumentar a despesa em cerca de 50%, suficientes para repor a inflação passada e corrigir a maioria das distorções hoje vigentes no serviço público federal. Mas parece que o governo tem plano diverso do de retribuir aos trabalhadores a parcela que lhe cabe na renda e produtividade nacionais.

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