Embora a articulação do Sinal, somada a de outras entidades sindicais, e a manifestação favorável de líderes partidários na tribuna da Câmara, ontem à noite, pela aprovação da urgência para os projetos de lei de reajuste dos servidores, inclusive com alguns deles citando o Banco Central do Brasil como referência, nenhum dos pedidos foi apreciado.

O Brasil amanhece com o afastamento do presidente da Casa parlamentar de seu mandato legislativo, ainda antes do julgamento, pelo STF, previsto para a tarde de hoje, tornando improvável novos avanços nesta semana.

As pressões e os boatos são muitos. Medidas provisórias para os reajustes, adiamento dos reajustes de quem não assinou para o próximo ano, revisão dos acordos após eventual afastamento da presidente da República, mas não há nada concreto, exceto a necessidade de muita atenção e luta na semana que se avizinha.

Uma unidade nunca antes vista entre os servidores se mobiliza na Câmara nesta semana e promete ampliar na próxima. O Fórum dos Servidores Federais vai somar forças às representações já presentes, em grande número, no Congresso Nacional.

A atenção não se restringe ao reajuste, mas também à rejeição ao PLP 257/16, que neste fim de semana aumenta o trancamento da pauta da Câmara Federal.

As centrais já cogitam uma greve geral dos servidores federais, se os acordos não forem adiante.

Todos e cada um de nós estamos convocados a somar nesse trabalho e se preparar para o enfrentamento que virá.