Edição 113 - 05/8/2015

Triste aniversário: dez anos do “assalto ao Banco Central”


Há exatos dez anos, estava em curso o maior furto a bancos na história do Brasil. O caso, conhecido como Assalto ao Banco Central de Fortaleza, figura até hoje no “seleto” grupo dos dez maiores roubos que se têm notícia em todos os tempos no mundo. 

As peculiaridades do crime impressionam tanto pela quantia furtada, quanto pela engenhosidade da operação. Foram levadas cerca de 3,5 toneladas em cédulas de R$50 – que seriam analisadas quanto ao estado e, possivelmente, incineradas -, um valor próximo a, segundo a Polícia Federal (PF), R$165 milhões, dos quais somente pouco mais de um quinto foi recuperado.

O túnel de 80 metros, por onde as notas foram carregadas, demorou três meses para ser construído e ligava uma pequena casa da região, onde foi montada uma empresa de fachada para revenda de grama sintética, ao cofre da Autarquia, que mesmo com assoalho de 1,1m e revestido com concreto maciço e aço, foi perfurado sem que ninguém notasse. O duto possuía ainda iluminação, escoramentos de madeira e sistema de ventilação.

bc assalto

    (linha vermelha ilustra localização do túnel, construído a 4m de profundidade, abaixo da rede de esgoto de Fortaleza)

De acordo com a PF, a ação durou cerca de sete horas e não foi registrada pelo sistema de vigilância do local, devido ao posicionamento de uma empilhadeira em frente às câmeras de segurança. Mas, logo a seguir, o BC criou o Departamento de Segurança.

2005 também foi o ano do primeiro acordo pela modernização da carreira de Especialista. Compromisso formal que, até hoje, parece estar guardado a sete chaves em alguma caixa forte da autarquia.

Fontes: UOL e Folha de São Paulo 

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