Termina hoje, 28 de julho, o prazo para que os participantes do Programa de Assistência à Saúde dos Servidores do Banco Central (PASBC) apresentem ao Departamento de Gestão de Pessoas (Depes) sugestões, dúvidas e críticas visando garantir a sustentabilidade e a perenidade do Programa. Começa agora a fase em que a direção do Banco preparará uma proposta em que novas medidas de gestão e um novo modelo contributivo poderão vir a ser apresentados aos participantes.

Não é possível separar esta questão, que enche de preocupações especificamente os servidores do BC, do tenebroso cenário que se apresenta a todos os servidores públicos federais.

Não bastassem as ameaças, já não veladas, do adiamento do reajuste acordado para janeiro de 2018, descumprindo descaradamente leis já promulgadas, o Governo anuncia mais algumas medidas em estudo que “metem a mão” nos bolsos dos servidores: o aumento da contribuição previdenciária, de 11% para 14%, e uma revisão nas regras de concessão de auxílios, como os de alimentação, pré-escola e transporte.

O que esperamos, neste momento, da direção do Banco Central, é que se tenha a serenidade e a percepção de que não se pode, sob nenhuma hipótese, propor ações que, aumentando os descontos, venha a reduzir os salários dos servidores, já tão ameaçados pelo Governo.

O Sinal insiste que é preciso avançar nas ações que visam aperfeiçoar a gestão do PASBC, assim como implementar programas de Prevenção, Educação e Promoção da Saúde, e defende que somente após a verificação dos resultados alcançados com essa nova forma de gerir o Programa é que devemos voltar a analisar a sua situação econômica e financeira.

O PASBC foi instituído para garantir a tranquilidade dos servidores do BC quanto à sua saúde e a de seus familiares, condição fundamental para que possam se dedicar inteiramente ao trabalho, com o alto nível que deles esperam a instituição e a sociedade brasileira.