Edição 026 - 09/04/2020

UM CHOQUE DE REALIDADE!

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O ano de 2020 será tragicamente lembrado pela epidemia do COVID-2019, mas também, assim como em 1929, pelo choque de realidade produzido nas diversas economias mundiais ao redor do globo.

Após a queda do Muro de Berlim, a globalização foi vendida como uma nova era para a humanidade.

A racionalidade econômica a nível global traria ganhos capazes de transformar a vida das pessoas do planeta em uma nova era de prosperidade.

Não à toa foi anunciado o “fim da história”.

O futuro da humanidade se daria por uma economia de mercado perfeita, levando junto a dispersão de democracias liberais pelo planeta.

O discurso neoliberal ganhou um novo impulso.

Os países só poderiam se alinhar com a nova ordem mundial ou serem relegados como párias na nova ordem.

O primeiro borrão da pintura (e que borrão!) se deu pelo fato de que na verdade o país que começou a construir uma nova era foi a China.

Sob o lema “um país, dois sistemas”, a China passou a atrair para o seu território as plantas industriais das principais marcas globais.

Com o passar dos anos, o fluxo chegou ao ponto de transformar completamente as cadeias de produção globais.

Todos compravam da China porque todos, em maior ou menor grau, também transferiram suas matrizes industriais para lá.

(Isto é, pelo menos aqueles que ainda as tinham; para os demais, como o Brasil, só restou o lacônico espetáculo de assistir a maior parte das suas indústrias e respectivos empregos sumirem na poeira da história).

Os políticos mais conservadores estranharam, mas logo foram convencidos que isto era bom, pois o sistema político chinês seria vencido de dentro para fora.

Como diria o personagem “Samuel Bronstein”, da Escolinha do professor Raimundo: “Melhor zero na nota do que prejuízo no bolso”.

Os anos 90 e o novo século viram uma classe média americana vivendo anos de euforia, com crédito barato e as intermináveis renegociações de hipotecas que proporcionavam dinheiro em “cash” regularmente na sua conta bancária.

A desregulação do sistema financeiro permitiu a consequente super alavancagem em títulos duvidosos disfarçados em massa nas operações com derivativos.

Eram a droga alucinatória do sistema financeiro internacional.

Foi uma “rave”.

A alucinação chegou ao FED de Alan Greenspan.

Em determinado momento ele chegou realmente a acreditar que o Banco Central americano conseguiria manter o crescimento da economia só com a sua pretensa sabedoria em manipular as taxas de juros para manter a festa.

Fez muitos admiradores, inclusive no Brasil.

Na Europa, a construção do Euro e o sonho de quebrar, ou pelo menos dividir, a hegemonia do dólar como moeda central do comércio internacional, embalavam a visão de um bloco cada vez mais unido em um sistema que congregaria bem-estar social com livre circulação de bens, capitais e pessoas.

Outro sonho dourado.

Ironicamente, o despertar amargo de ambos os sonhos se deram consecutivamente em 2008, com a crise das hipotecas “subprime” nos Estados Unidos, e em 2009, com a crise da dívida grega na Europa.

As respostas dos bancos centrais foram as reduções drásticas das taxas de juros e inundar os mercados com liquidez.

Até o FMI precisou fazer um “mea culpa” nos seus procedimentos.

Tudo para fazer o motor das suas economias não morrerem.

Não à toa, a figura dos BRIC’s, países em desenvolvimento com altas taxas de crescimento e de juros na ocasião, passaram a despontar como os mais novos queridinhos dos fluxos de investimento internacional.

Quem pode esquecer a capa do “The Economist” com o Cristo Redentor decolando!

Chegou a nossa vez de sonharmos.

Nossa festa não durou muito, na verdade durou apenas enquanto as altas taxas de crescimento chinês permitiram a alta das “commodities” que vendíamos para lá e as nossas taxas de juros ainda eram um oásis de rendimento fácil no mercado global.

No sistema financeiro internacional, só quem se diverte de verdade são os fluxos de capital internacional, que se movimentam na velocidade da internet.

Quando uma festa acabava logo começava outra em qualquer outra parte do planeta.

As classes trabalhadoras e a classe média da cada país é que ficava para pagar a conta.

O COVID-2019 lançou um desafio: como minorar os estragos da paralisia econômica com um Estado que permita um sistema de saúde mínimo para atender os doentes com esta síndrome respiratória?

Os investimentos internacionais estão fugindo de países como o Brasil como quem foge da peste negra.

São obrigados a comprar títulos americanos e europeus com taxas negativas.

Os economistas têm até um nome bonito para este fluxo: “Fly to Quality”.

Na verdade é uma festa muito desagradável para eles, é como se tivéssemos que ir a uma que só tivesse gente chata, guaraná Tobi e canapés de mortadela.

Nada como os regabofes dos países em desenvolvimento em que eram paparicados até dizer chega.

A maioria dos países “desqualificados” está atualmente na fila para comprar respiradores chineses.

Muitos, como o Brasil, não receberão, pelo menos não em tempo hábil.

Nosso cartão de crédito político não é Golden ou Platinum.

O discurso neoliberal acabou e está sendo enterrado na frente dos nossos olhos.

O projeto de Paulo Guedes já estourou como uma bolha de sabão exposta ao sol.

Cabe, com urgência, definirmos um projeto social para o país real.

Um que seja verdadeiramente inclusivo, um que crie um Estado social de verdade, em que todos os brasileiros se sintam protegidos, mas também solidários em participar de direitos e deveres com as demais pessoas.

Não há outro caminho.

Não de verdade.

O resto é delírio.

CAMPANHA SINAL-RJ DE COMBATE AO CORONAVÍRUS

FIQUE EM CASA! 

O coronavírus e a economia – Quais as nossas opções?

Há realmente um dilema entre salvar vidas ou salvar a economia? Neste vídeo, são apresentados três cenários possíveis com as opções que temos para enfrentar a crise:
a) não fazer quarentena ou fazer apenas quarentena vertical;
b) fazer quarentena horizontal sem ampliar os gastos públicos de forma contundente e rápida;
c) fazer quarentena horizontal e ampliar os gastos públicos para garantir renda para famílias e empresas e os recursos para a saúde.

 

 Proteja-se contra o coronavírus:
Que cuidados ter com encomendas e prestadores de serviço
que chegam à sua casa.

Delivery é melhor opção que a ida às ruas, mas especialistas recomendam atenção com fornecedores e higienização dos produtos que vêm de fora.

Dicas para se proteger ao receber encomendas ou serviços de colaboradores: Busque empresas legalmente registradas, que você já conhece e com boas referências no mercado. Se o restaurante ou prestador de serviços está divulgando boas práticas neste momento, bom sinal.

Leia a matéria completa no Jornal O Globo.


Organize as compras e reduza ao essencial o número de saídas, entregas e visitas de pessoas de fora. Programe-se para ter comida, remédios e artigos de primeira necessidade em casa, mas evite o exagero e o desperdício.

Precisa que alguém monte o berço do seu filho que vai nascer? Estourou um cano e não pode aguardar para que o reparo seja feito? Não se desespere. Evitar obras e visitas no momento é o recomendado, mas algumas são emergenciais e necessárias. Use o bom senso e cuide para que elas se deem de forma segura.

 


Se você morar em prédio e precisar fazer uma obra em sua unidade privativa, informe-se com o síndico do condomínio as regras a serem adotadas para uso do espaço em comum neste momento de pandemia. Cuide para que o prestador de serviço circule o mínimo possível por espaços coletivos e adote as medidas de higiene e outros cuidados para manter todos em segurança.

Se o prestador de serviço visitante estiver com sintomas gripais, não prossiga com a visita. Para pessoas sem sintomas, ofereça a higienização das mãos com água e sabão ou álcool em gel e permita o acesso.

Evite proximidade menor que um metro do colaborador. Tanto para compras como para contratação de serviços, dê preferência ao pagamento prévio, pelo aplicativo ou site. Se não houver esta possibilidade, pagar com cartão é melhor que em dinheiro. Ao receber produtos em casa, evite contato com o entregador. Se houver um local em que ele possa deixar as compras para que depois você pegue, melhor. Alguns aplicativos de entrega têm oferecido esta opção de distanciamento do cliente.

 

 

Estudos apontam para risco mínimo de contaminação de superfícies como de correspondências e de jornais impressos, por seu papel poroso. Especialistas recomendam os mesmos cuidados do cotidiano, como lavar as mãos com água e sabão após a leitura do jornal.

 

Lave frutas, legumes e verduras, pois você não sabe como eles foram manipulados. Lave-os, um a um, em água corrente e depois deixe-os de molho em uma solução de hipoclorito.

 

Se você não tem certeza dos cuidados de seu preparo e manipulação por parte do fornecedor, evite pedir refeições com alimentos crus e mal cozidos. Não é para tirar saladas cruas do cardápio, mas se você não pode prepará-las em casa, é bom certificar-se de que houve atenção em sua elaboração. Em caso de delivery de refeições, higienize a embalagem externamente e a coloque sobre uma superfície limpa. Lave as mãos com água e sabão, tire o alimento de sua embalagem original e o coloque em outra, de casa. Descarte a embalagem original em um lixo bem lacrado e lave as mãos novamente, antes de se alimentar. Fontes: Cristiane Almeida, chefe do Serviço de Nutrição do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), e Paulo Santos, médico infectologista.


Informes PASBC:

Mudanças no atendimento presencial do Depes (Ambulatório, Direto ao Ponto e PASBC)

Cobertura do exame pelo PASBC

Credenciados para realização do exame pelo PASBC

 

ATENDIMENTO DO SINAL-RJ DURANTE A QUARENTENA

Central Telefônica – Sede (21) 3184-3500 (siga-me)
Obs.: Ao ligar para a central a sua ligação será encaminhada para um dos funcionários do Sinal. Por favor, aguarde o direcionamento. Após o sinal de chamada o telefone ficará mudo, mas logo você será atendido. Não desligue!

Recepção: Jenilson (21) 98338-7621

Atendimento ao Filiado: Erika (21) 98871-0505

Secretaria: Marcelly (21) 98303-4869

Financeiro: Rose (21) 99725-4424

Presidente Regional: Sergio Belsito (21) 98124-1330

 

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