Edição 159 – 28/10/2016

Uma história de lutas e conquistas


No bojo do processo de abertura política, restabelecimento da instituição democrática no Brasil e da recém-promulgada Constituição Cidadã, há 28 anos, no Dia do Servidor Público, nascia o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central do Brasil. Fruto de lutas e movimentos históricos, em busca de uma representação à altura dos anseios e demandas do corpo funcional da Casa, o Sinal se estabeleceu como organização forte no seio do serviço público federal.

Legitimidade construída e alicerçada sobre muito trabalho e respeito à categoria. Desde a criação do Banco Central, diversos atores pavimentaram caminhos de mobilização organizada que culminariam na fundação do Sinal. Jornal Ovo, União Nacional dos Trabalhadores do Banco Central (UNTBC), movimento Democracia e Independência (DI), Associação dos Funcionários do Banco Central (AFBC). Cada frente de embate contribuiu para a construir um BC forte, munido de ideais de conquista e melhores condições de trabalho. Muitas destas aventuras estão registradas no primeiro volume da obra “Um Sinal na História”, lançada em junho passado.

Logo nos primeiros anos de vida, o Sindicato enfrentou verdadeiras batalhas, principalmente em prol de seu reconhecimento como legítimo representante dos trabalhadores lotados no Banco Central. Uma destas lutas resultou na queda do então diretor de Administração do órgão, que queria o fim do Sinal.

Em meados da década de 1990 veio a passagem do efetivo para o Regime Jurídico Único (RJU).

Nos anos 2000, greves que serviram para mostrar a viva disposição ao combate e mais uma conquista, com o estabelecimento do subsídio.

Para o porvir, a constante definição de diretrizes. As resoluções advindas da 27ª Assembleia Nacional Deliberativa (AND), no próximo mês, darão o tom a novos capítulos da trajetória de representação do Sinal.

“Esta é uma história feita de pessoas. Um Sindicato forte depende do engajamento de todo o quadro de servidores”, observa o presidente nacional, Daro Piffer, ressaltando que as grandes conquistas têm participação, imprescindível, de bases fortes.

Dados do Instituto de Política Econômica (EPI, na sigla em língua inglesa) mostram que, apesar da crescente produtividade do trabalho (80,4%), entre 1973 e 2011, o crescimento real das remunerações não acompanhou o mesmo ritmo (10,7%) nos Estados Unidos. No mesmo período, segundo o Centro para a Pesquisa Econômica e de Políticas, o nível de sindicalização caiu de cerca de 24% para menos de 7%.

“O desafio é inverter esta lógica e, com a força de todos os servidores angariar novas conquistas para toda a carreira e, consequentemente, o aperfeiçoamento constante do serviço prestado ao país”, encerra Daro Piffer.

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