A direção do Banco Central disponibilizou comunicado na última sexta-feira, 8 de dezembro, informando aos servidores que tiveram os valores correspondentes à falta anotada no dia 28 de abril de 2017 descontados de seus salários, que os mesmos serão devolvidos na folha de pagamento de dezembro de 2017, devendo as horas correspondentes serem compensadas até 27 de abril de 2018.

Vitória dos servidores, que, atendendo ao aprovado em Assembleia Geral Nacional, de 25 de abril, convocada pelo Sinal, fizeram valer o mais alto espírito democrático ao defender os seus direitos das ameaças governamentais e paralisaram suas atividades no dia 28 de abril, para protestar contra a Reforma da Previdência.

Vitória do Sinal, que comunicou ao Banco Central do Brasil, em 25 de abril, o decidido pela categoria e, antes mesmo da decisão da sua direção pelo desconto do dia parado, vem trabalhando de forma ininterrupta para reverter esse quadro adverso aos servidores. Em 16 de maio, quando a prévia da folha de pagamento daquele mês ainda não havia sido divulgada, o Sinal encaminhou ofício à Diretoria de Administração (Dirad) do BCB, em que requereu “suspensão do iminente desconto”. Ainda no documento, o Sindicato argumentou, conforme constatado em outras ocasiões, ser possível a reposição do dia de trabalho.

Dessa data até hoje, foram inúmeros os momentos em que o Sinal intercedeu nas mais diversas instâncias para a reversão desse ato injusto. Reuniões, em sua maioria por mais de uma vez, com o presidente do BCB, Ilan Goldfajn, com os diretores de Administração, Edson Feltrim, inicialmente, e Maurício Moura, que o sucedeu, com o Chefe do Departamento de Gestão de Pessoas (Depes), Marcelo Cota, e com o Secretário de Gestão de Pessoas do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP), Augusto Chiba, e atos públicos foram realizados buscando a solução mais adequada à questão.

O Sinal procurou, durante todos esses meses, pautar sua atuação pela cautela sempre necessária ao tratar de assuntos dessa natureza, procurando não demonstrar otimismo exagerado para não levantar falsas expectativas, e nunca desânimo, pois de nossa parte investíamos toda a energia possível para alcançar o sucesso para os servidores do BCB, razão de nossa existência. Sempre que possível, procuramos manter os servidores informados de nossas ações, conforme demonstram as inserções no Apito Brasil que se seguem: Edição 87, de 25 de abril; Edição 91, de 29 de maio; Edição 112, de 28 de junho; Edição 117, de 5 de julho; Edição 150, de 23 de agosto e  Edição 175, de 28 de setembro.

Congratulamo-nos com aqueles que, além de verem seus salários serem recompostos, podem se orgulhar de terem exercido o mais legítimo direito do cidadão: o de lutar por aquilo que acha justo, para si e para a sociedade brasileira.