Edição 199 – 01/11/2017

Caminho de volta ao fundo do poço


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O Corrosômetro não deixa dúvidas. O adiamento do reajuste de janeiro de 2018 nos levará, em janeiro de 2019, ao nível salarial mais baixo desde julho de 2010, excetuando-se o fundo do poço desta década, que alcançamos em julho de 2016. Sem contar que, de julho de 2010 até dezembro de 2019, atingiremos uma perda acumulada de 21,2 salários atuais.

Não podemos aceitar resignadamente que o governo, em um ato que traz enorme insegurança jurídica, ignore que os reajustes programados para janeiro de 2018 e de 2019 – que foram frutos de longas negociações com o Ministério do Planejamento até a assinatura de acordos, transformados pelo Executivo em Projetos de Lei, votados e aprovados no Congresso Nacional, sancionados pela Presidência da República e convertidos em leis – sejam desrespeitados, em uma demonstração de autoritarismo jamais vista neste país.

A valorização do servidor do Banco Central do Brasil começa pelo cumprimento dos acordos assinados e das leis que nos regem. Quem descumpre uma lei e não sofre sanção, sente-se dispensado de cumprir qualquer outra obrigação.

Se hoje aceitarmos passivamente um adiamento de reajuste, amanhã poderemos vir a ter que engolir um cancelamento do mesmo, uma diminuição real dos salários, um atraso no pagamento e, porque não, um calote geral. Afinal, para este governo, leis não foram feitas para serem cumpridas.

Mais que uma questão legal, esta é uma questão moral.

Venha participar, nesta quarta-feira, 1º de novembro, do Ato Nacional de Valorização do Servidor do Banco Central, demonstrando toda a nossa revolta por mais essa afronta que o governo, que gasta mais energia e recursos para livrar suas autoridades de denúncias de participação em supostos esquemas ilícitos, do que para atender a sociedade brasileira, quer nos apresentar.

NÃO ao adiamento do reajuste de janeiro de 2018!

NÃO ao adiamento do reajuste de janeiro de 2019!

NÃO ao aumento da contribuição previdenciária de 11% para 14%!

Venha participar. Mais do que nunca, nossa união é nossa força.

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