A Diretoria Executiva Nacional (Direx) do Sinal se reuniu com o diretor de Administração (Dirad), Maurício Moura, com o chefe do Departamento de Gestão de Pessoas (Depes) do BCB, Marcelo Cota e com a Chefe de Gabinete, Adriana Toledo, na manhã desta quarta-feira, 27 de setembro. À mesa, as diversas inquietações que afligem o corpo funcional do órgão. Entre outros pontos, destaque para a Emenda 51 e os demais pleitos que envolvem a modernização da carreira de Especialista.

Jordan Alisson, presidente, Rita Girão, diretora de QVT, Daro Piffer, diretor de Estudos Técnicos, Epitácio Ribeiro, diretor de Relações Externas, Gustavo Diefenthaeler, diretor de Ações Estratégicas, e Paulo Lino, diretor de Comunicação, representaram o Sindicato no encontro.

“Esperamos que a Diretoria da Casa compre a luta em defesa dos servidores”, pontuou o presidente nacional do Sinal, após elencar as demandas mais urgentes e que têm motivado o recente e expressivo levante da categoria. Jordan, ainda, lembrou dos reiterados alertas feitos nos últimos anos, indicando que o desalinhamento interno contribuía para a instabilidade do clima organizacional.

Emenda 51

Questionado sobre a falta de apoio institucional, Moura reafirmou que a administração não se opõe à proposta e que, caso consultada por interlocutores do parlamento, não apresentará obstáculo. Também, avaliou que não há “espaço político” no momento que favoreça sua aprovação.

Epitácio Ribeiro ponderou que a omissão da Autarquia foi decisiva para o insucesso da emenda na Comissão Mista do Congresso e cobrou maior comprometimento. “Pretendemos apresentar destaque em Plenário, com o objetivo de recobrar, na íntegra, o conteúdo da emenda, porém sem a cooperação do BC será muito mais difícil empreendermos êxito”, argumentou.

Modernização

O Dirad garantiu que estão previstas discussões relativas à restruturação da carreira de Especialista, contemplando atribuições de cada cargo. O assunto deve ter encaminhamento em dispositivo legal.

A delegação do Sinal ressaltou que a modernização se faz urgente, por representar uma salvaguarda contra medidas que visem desvalorizar a carreira, como, por exemplo, a ameaça de rebaixamento, mediante elevação de níveis e redução drástica dos salários iniciais, conforme pretende a equipe econômica do governo.

Assimetrias

Moura afirmou que o BCB trabalhará para a manutenção de quadros qualificados e que o compromisso da Casa, explícito em nota divulgada no último dia 18, é de combater “novos desalinhamentos de carreiras desta Autarquia frente às demais integrantes do topo do Executivo Federal”. Segundo ele, não há, no governo, ação deliberada com o objetivo de depreciar o corpo funcional da Casa.

Todavia, o diretor não indicou medidas para a superação das assimetrias em curto e médio prazos.

Fechamento de regionais

A delegação do Sinal recordou o requerimento de informações sobre o possível fechamento de regionais e ouviu do Dirad o compromisso de que todas as sedes do BCB serão mantidas. Moura garantiu que a administração procura conferir o devido valor às representações locais, inclusive com a distribuição de tarefas importantes do órgão.

O Sinal, ainda, deixou clara a insatisfação com o atual cenário, exigiu disposição da Diretoria Colegiada na resolução das reivindicações apontadas e o cumprimento dos compromissos assumidos no encontro.