Foi um assassinato político.
Ela foi a 5ª vereadora mais votada da cidade nas eleições de 2016, com 46.502 votos, em sua primeira disputa eleitoral. A vereadora Marielle Franco tinha 38 anos e se apresentava como “mulher, negra, mãe e cria da favela da Maré”.
No alto deste iminente posto político, ela ergueu sua voz contra a truculência daqueles que se utilizam da sua promiscuidade com o aparelho policial para intimidar, extorquir e matar.
A resposta se fez contundente e no idioma do crime organizado:
– Quem se opõe morre! Está tudo dito!
Cabe ao cidadão carioca se perguntar; Quem é que de fato manda no Rio de Janeiro?
O que a intervenção federal vai fazer frente a esta bofetada na nossa cara?
Nós precisamos de exército ou precisamos de polícia?
Não vamos bancar os embasbacados. Há anos isto é fato corriqueiro em nossas comunidades carentes. Cresceu dia a dia, com os nossos políticos olhando para o outro lado e preocupados com outras coisas, quando necessário sempre é possível um acordo. Chegaram na Zona Sul e em bairros de classe média em pleno Carnaval, e agora não temem nada e nem ninguém, muito menos os poderes organizados do estado, com quem sempre pode haver negócio.
Para os que vendem a truculência do estado como a solução dos nossos problemas de segurança pública, fica a lição: Neste quesito eles são bem superiores. O Estado só terá uma solução quando tiver toda a população do seu lado. Os que defendem a barbárie só semearão mais barbárie em troca.
Que a morte de Marielle seja o ponto de reflexão e de inflexão na nossa política de segurança pública!