Edição 207 – 26/11/2019

Em painel sobre política monetária, Sinal defende ampliação de competências do BC


O presidente do Sinal, Paulo Lino, compôs a mesa de debates do painel “Teoria Monetária Moderna e sua aplicação para economias periféricas”, nesta segunda-feira, 25 de novembro, na Universidade de Brasília. A palestra foi ministrada pelo economista norte-americano, Larry Randall Wray, professor no Levy Economics Institute.

De acordo com o especialista, a teoria, que vem ganhando espaço na agenda de debates políticos nos últimos anos nos Estados Unidos, é a “síntese de uma variedade de tradições da teoria econômica”. Para ele, a utilização da moeda é fundamental para a maximização das políticas públicas voltadas ao suprimento de carências e redução de desigualdades sociais.

Wray defendeu, ainda, programas de garantia de empregos, o que acredita ser uma “âncora” para a confiabilidade da moeda, e a alavancagem do consumo, mediante o direcionamento de recursos para as parcelas mais desassistidas da população, “diferente do que diz o neoliberalismo”.

Em sua explanação, Paulo Lino, falou do papel do Banco Central na estabilização da moeda e minimização de incertezas no cenário econômico. Destacou, ainda, o bom desempenho da Autarquia ao longo das décadas e a importância da consolidação da autonomia do órgão. No entanto, observou a demanda por avanços nas competências institucionais, com a missão de assegurar o crescimento econômico e combater o desemprego.

Segundo Lino, é preciso “ampliar a visão”, para além de conceitos acadêmicos, e utilizar os instrumentos ao alcance para satisfazer a população em suas necessidades. “Não existe bem-estar social com inflação alta, não existe bem-estar social sem estabilidade econômica, mas também não existe bem-estar social sem emprego”, concluiu.

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