Edição 41 – 11/3/2022

Servidores promovem maior paralisação; mobilização avança


A mobilização avança. A quinta-feira, 10 de março, foi de paralisação dos trabalhos e uma série de eventos virtuais, que contaram com a maior adesão desde o início das atividades em defesa da Reestruturação de Carreira e do reajuste, dando mostras da disposição da categoria. Pela manhã, houve debate político sobre os rumos do movimento, com a presença de representantes do SINAL, do SinTBacen e da ANBCB. À tarde, foram realizadas palestras sobre Previdência e ações judiciais, além de reuniões com Técnicos e Substitutos de Comissionados e em diferentes departamentos.

Para rever os debates da manhã e as palestras da tarde, clique aqui.

Na mídia

A imprensa repercutiu a paralisação dos servidores, em especial os efeitos sobre as atividades desenvolvidas pelo BC.

“Esperamos pelo menos o envio urgente de um ofício do presidente Roberto Campos Neto ao governo federal, exigindo um posicionamento concreto do governo sobre o reajuste salarial”, afirmou o presidente do Sindicato, Fábio Faiad, ao portal de notícias InfoMoney.

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Abrindo portas

Prova de que a mobilização do funcionalismo tem surtido efeito foi o encontro de representantes do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) com a ministra de Estado Chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Flávia Arruda, também nesta quinta-feira. O pleito pela agenda foi apresentado formalmente por meio do deputado federal Professor Israel Batista (PV/DF), que coordena a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público (Servir Brasil).

Na ocasião, os servidores cobraram maior abertura ao diálogo pelo fortalecimento do serviço público e reforçaram a necessidade de recomposição das altas perdas salariais dos últimos anos.

O SINAL, representado pelo diretor de Relações Externas, Francisco Tancredi, entregou à ministra ofício endereçado ao presidente da República, Jair Bolsonaro, solicitando audiência para discussão da pauta salarial e não salarial de 2022 dos servidores do BC.

“O reajuste para os servidores do BC não impactaria o equilíbrio fiscal brasileiro, pois o número de servidores é pequeno em relação ao total. Mas o custo de transformar o BC em um “centro de treinamento de luxo”, no qual seus servidores, desmotivados, acabassem por passar em outros concursos públicos ou buscar oportunidades na iniciativa privada e em órgãos internacionais, seria significativamente alto”, alerta o Sindicato em trecho do ofício, que estará disponível na área de filiados do site na próxima semana.

Mais manifestações

Comissionados da Difis também produziram manifesto, encaminhado à Diretoria Colegiada do BC, por meio do qual solicitam “a adoção de iniciativas efetivas e imediatas no âmbito dos Poderes da República”, com vistas à recuperação do poder de compra e à “reestruturação da carreira dos servidores do Banco Central do Brasil, eliminando as assimetrias remuneratórias com as demais carreiras típicas de estado”.

Leia o texto na íntegra aqui.

Encontro desmarcado? SIM!

Representantes da Diretoria do BC vêm afirmando que, diferentemente do alegado pelo SINAL, não houve qualquer desmarcação de reunião com os representantes da categoria, uma vez que não havia data prevista. Todavia, durante a última reunião com o presidente Campos Neto as partes assentiram no agendamento de uma nova conversa na semana posterior ao carnaval.

Acreditamos que tenha sido apenas um mal-entendido gerado por ruídos de comunicação. E entendemos que, havendo a nova marcação de uma reunião até a próxima segunda, dia 14/3/2022, o processo negocial não terá sido afetado.

Contudo, se o adiamento for maior que isso, a situação pode se complicar, haja vista o prazo exíguo (apenas 22 dias) para o fim da janela de oportunidade para a concessão de um reajuste ainda em 2022.

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