Edição 1 - 3/1/2023
SINAL reitera repúdio à omissão da Diretoria do BC
Enquanto em outros órgãos públicos, lideranças falam em “dar ainda mais dignidade para as carreiras de Estado” e abrir canais de diálogo com os servidores, no Banco Central a Diretoria mantém o silêncio, mesmo após a falta dos avanços necessários em 2022. É urgente a mudança desta postura, sob pena de repercussões negativas no clima organizacional e na rotina do BC.
O SINAL reitera a nota de repúdio das três entidades representativas do corpo funcional divulgada no Apito Brasil do último dia 29 de dezembro. Leia abaixo:
Nota Conjunta – SINAL, ANBCB e SinTBacen
Soubemos há pouco, em reunião com a Diretoria de Administração do Banco Central do Brasil, que não ocorrerá em 2022 a publicação da Medida Provisória com o projeto de reestruturação de carreira dos servidores do Banco Central do Brasil (a “MP1”). Os informes a nós repassados são os de que integrantes técnicos do Ministério da Casa Civil apontaram algumas convergências com o pleito, mas também elencaram várias divergências em relação ao texto enviado pelo Ministro da Economia (aquele que foi objeto de acordo entre as 3 entidades representativas dos servidores do BC, a Diretoria do BC e o Ministério da Economia).
O mais importante a ser destacado, agora, é que, por diversas vezes, as 3 entidades representativas solicitaram reuniões com o Presidente do BC e com os integrantes da Casa Civil. O que aconteceu? O sr. Roberto de Oliveira Campos Neto nos ignorou solenemente, tratando diretamente com a Casa Civil. Resultado? Algo que poderia ter sido negociado (um texto meio-termo) sequer foi colocado em debate. Em uma situação de tudo ou nada, prevaleceu o NADA!
A ausência de diálogo do Presidente do BC com os representantes dos servidores foi o motivo para que a greve de 2022 tivesse a mais longa duração da história. Todos perderam, especialmente a sociedade brasileira, com a postura autoritária do sr. Roberto de Oliveira Campos Neto. E agora, nesta reta final da MP1 na Casa Civil, a situação se repetiu: poderíamos ter tentado salvar parte importante do texto, a fim de, em 2023, poder avançar um pouco mais no Congresso Nacional e nas negociações com o novo Governo. Contudo, sem nenhum diálogo, o que aconteceu foi simplesmente a não publicação da MP1, o que jogou por terra meses de negociação…
Já é fato consumado que a desmotivação e a indignação dos servidores desta Casa em 2023 serão muito maiores do que já são hoje, podendo prejudicar o andamento dos trabalhos desta Autarquia no próximo ano. Mas, mais do que isso, já em janeiro próximo as 3 entidades representativas vão se reunir para proporem à categoria uma nova estratégia de mobilização imediata.
Por fim, fica mais uma vez registrado o REPÚDIO à falta de diálogo do sr. Roberto de Oliveira Campos Neto com as 3 entidades representativas. LAMENTÁVEL!