Edição 115- 30/10/2025

Em ato histórico, dezenas de milhares de servidores dizem “não” à reforma administrativa


Não à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 38/2025. Não à PEC 65/2023. Esses foram os recados levados pelo SINAL durante a Marcha Nacional do Serviço Público contra a Reforma Administrativa, realizada nesta quarta-feira, 29 de outubro. Dezenas de milhares de servidores se reuniram em Brasília, para rechaçar a ameaça de demolição do setor público. Representantes de diferentes regionais do Sindicato engrossaram a mobilização na capital federal.

A marcha, organizada por diversas entidades e fóruns representativos do funcionalismo, percorreu toda a Esplanada dos Ministérios e se concentrou em frente ao Congresso Nacional. Lideranças sindicais alertaram para os riscos da PEC 38/2025, a nova proposta de reforma administrativa, oriunda do Grupo de Trabalho (GT) da Câmara dos Deputados coordenado pelo deputado Pedro Paulo (PSD/RJ). 

Os manifestantes denunciaram que o discurso por trás da matéria tenta enganar a opinião pública, ao prometer combater privilégios, mas que, na verdade, o objetivo é precarizar, privatizar e terceirizar serviços essenciais, atacando a estabilidade das carreiras e a qualidade do atendimento à população.

Em sua intervenção, o presidente do SINAL e vice-presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Epitácio Ribeiro, destacou que a PEC 38/2025 é patrocinada pelos mesmos grupos que apoiam a PEC 65/2023, que votaram a favor da PEC da Blindagem e que foram contra a taxação dos bilionários, bancos e bets. 

Reforçando a mobilização, diversos parlamentares estiveram presentes, a exemplo dos deputados Alice Portugal (PCdoB/BA), que coordena a Frente Parlamentar Mista do Serviço Público, André Figueiredo (PDT/CE), Erika Kokay (PT/DF), Glauber Braga (PSOL/RJ), Reginaldo Veras (PV/DF) e Sâmia Bomfim (PSOL/SP), dentre outros.

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