Os gerentes do BC são os responsáveis pela catraca?
Na reunião entre o SINAL e a Dirad ocorrida em 16 de junho, às 9h, algumas novidades foram trazidas à tona. Merece, aqui, ser abordada a seguinte “pérola”, dita por um representante da Dirad: 99% dos gerentes querem o controle eletrônico de ponto.
A afirmação é, no mínimo, curiosa. Até o presente momento, a informação que tínhamos era a de que o Grupo de Trabalho que discutiu a flexibilização foi o autor da idéia de controle eletrônico de ponto, sendo que alguns integrantes do referido grupo consideravam a medida essencial. É importante ressalvar, aqui, que o representante do SINAL no GT foi totalmente contrário à idéia do controle eletrônico de ponto.
Seria importante que a afirmação de que “99% dos gerentes querem o controle eletrônico de ponto” fosse comprovada por pesquisas ou por outros dados mais concretos, e não apenas por um “achismo” da Dirad. Afinal, muitos comissionados do BC podem estar sendo injustiçados por causa dessa generalização!
O controle eletrônico de ponto não é uma panacéia e,
se mal aplicado, só trará problemas!
A despeito de quem tenha sido o autor da idéia do controle eletrônico de ponto, é importante afirmarmos que ele, por si só, não resolverá nada. Além disso, se mal aplicado, poderá trazer ainda mais problemas:
1. Os servidores que, supostamente, não trabalham direito poderão “enrolar” durante as oito horas e alegar que, por cumprirem o horário, não podem ser molestados (ainda que não gerem resultados);
2. Os servidores que trabalham direito (ou seja, a absoluta maioria) sentir-se-ão constrangidos por sofrerem as conseqüências da suposta irresponsabilidade da minoria, ficando desmotivados e indignados (com toda a razão, é óbvio).
Portanto, solicitamos àqueles que acreditam no controle eletrônico de ponto como uma panacéia para todos os problemas de gestão de pessoas no BC que reflitam e vejam o verdadeiro “ovo da serpente” que a catraca e seus similares representam.
SINAL – RJ