Reunião de ontem no MPOG sobre os dias de greve
Ontem, pelo nosso portal, você pôde acompanhar o andamento da reunião, a partir de notas enviadas diretamente da Mesa de negociação, que resumimos a seguir:
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18h54: Início da reunião. O Secretário de Recursos Humanos do MPOG, Duvanier Paiva, pediu desculpas pelo atraso e tomou a palavra.
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19h12: o Governo lançou proposta incompleta, para ser "fechada" na Mesa: a greve de 37 dias úteis (incluídos os dias de greve de advertência já descontados dos proventos), será dividida em três partes:
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uma será desprezada, em contrapartida a um esforço concentrado para atualizar o serviço represado;
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outra deverá ser compensada com aumento da jornada de trabalho;
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uma terceira compensada com desconto pecuniário.
Disse também que, se não houver acordo nessa linha, o governo atuará de forma unilateral, e fará o que acha o que deve.
Gustavo Matos afirmou então que acordo é sempre a melhor opção, que o BC não pode ser prejudicado e que tem insistido na necessidade da volta do Banco à normalidade. Reconheceu que já existe compensação em alguns setores, mas é necessário que ela seja implementada a todo vapor.
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19h23: David Falcão apresentou números do trabalho acumulado: existem no BC aproximadamente 17 mil demandas do MP, 300 autorizações de empréstimos para prefeitura e 12 mil reclamações vindas do público, entre outras demandas.
Reunião interrompida para o secretário atender o telefone. A bancada sindical solicitou um intervalo.
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19h57: Recomeçou a reunião.
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20h21: Sindicalistas fizeram suas ponderações, exploraram a proposta do governo, argumentaram, etc. etc. etc ….
Duvanier Paiva informou que, na sua proposta, nenhuma das três partes pode ser igual a zero.
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21h02: O Secretário ponderou que, se construímos um acordo econômico, podemos construir um acordo sobre os dias de greve. Que esse acordo é fruto da aceitação do direito de greve, por parte do governo, e do entendimento da necessidade de repor os trabalhos no BC. Que a proposta estava em aberto justamente para que fosse construída junto com os servidores do BC.
Informou adicionalmente que: a) não tem mandato para repassar essa negociação para o BC; b) precisa haver o desconto pecuniário; e c) a idéia seria discutir o assunto naquela reunião.
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21h49: Paiva pede um encaminhamento. Propôs que levássemos para as assembléias a proposta por ele apresentada, para ser discutida e evoluída com a assembléia e o BC.
Solicitamos, em contrapartida, que ele levasse ao governo: a) a proposta de devolução dos dias descontados; b) a porcentagem que o governo considera para os itens 1 e 2 da proposta (os não pecuniários) e c) a marcação de nova reunião para a semana que vem.
Paiva disse que não se cogita a devolução dos dias já descontados antes de fechar um acordo. Afirmou ainda não descartar a possibilidade de devolução, mas como resultado final do que for acordado nessa Mesa.
O Secretário ficou de informar, hoje, a data para a nova reunião na semana que vem.
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