Edição 31 - 26/12/2006

Reunião do Sinal com os demais sindicatos em 20/12/2006

Atendendo às solicitações conjuntas do Sintbacen e do Sindsep, reunimo-nos com representantes daqueles sindicatos em 20/12/2006, das 11h15 às 12h20.

 

O Sinal esteve representado por David Falcão (Presidente Nacional) e Paulo Calovi (Presidente do Sinal-DF).

 

Pelo Sintbacen, compareceram Brasil, Maranhão, Porto, Pedro e Jovino, enquanto o Sindsep esteve representado por Lourenço, Niraldo e Gilmar.

 

Sobre a pauta salarial:

 

O presidente do Sinal Nacional disse aos presentes que:
 
a)  desde 2004 o processo de construção de pauta é o mesmo: a AND do Sinal elabora uma proposta, que submete à categoria em dois momentos em Assembléia Geral Nacional (AGN), aberta a todos os servidores do BC, filiados ou não, para:

1.  apreciar, oferecer emendas e outras proposições, que são consolidadas e divulgadas a todos;
2.  levar à categoria, em AGN, todas as propostas, deliberar e aprovar o que será a pauta nacional dos servidores do BC.

b)  Neste ano seguiu-se o mesmo roteiro, sendo que o processo agora será mais democrático e participativo a partir da introdução da Votação Eletrônica (VE).
 

Os dois sindicatos, unanimemente, criticaram a utilização da VE, dizendo que é ineficaz, que é retrocesso e que não apoiarão, que de repente vai-se decidir greve por computador, etc..
 

O presidente do Sinal argumentou que, ao contrário, a VE será o maior avanço em se aferir a vontade da categoria, visto que se ampliarão as possibilidades das pessoas se manifestarem sobre assuntos de seu interesse. E, fazendo referência a uma entrevista divulgada nas redes sobre o assunto (RioNet 27/10/2006), mostrou que:

 

a)   a VE só será utilizada para eleições, votações sobre pauta salarial, plano de carreira e consultas plebiscitárias. As assembléias presenciais continuarão a ocorrer normalmente. Fez uma alusão ao processo eleitoral brasileiro (considerado um dos mais seguros do mundo), onde os debates se dão por todos os meios de comunicação e a decisão do eleitor se dá em urna eletrônica;

b)   não se pode privar desse processo a maioria das pessoas que não podem comparecer na hora em que os sindicatos os chamam para a decisão, pois, em qualquer dia e horário, mais de 80% do quadro se verá impossibilitado de comparecer às assembléia, por diversos motivos.

c)  A VE é um mecanismo que pode ficar aberto à categoria pelo tempo que for necessário, e não apenas no instante em que o sindicalista definir o momento do voto.

 

Para o futuro presidente do Sintbacen "o Sinal está cavando a sua própria sepultura com a votação eletrônica".

 

Sobre a Unidade:

 

O Sinal deixou claro que nunca houve unidade entre os sindicatos e, se por ventura foi anunciado em algum momento, foi uma farsa. A unidade se dá pela base, pois é a categoria que escolhe o sindicato que deseja que a represente e não o contrário.

 

O Presidente do Sinal reafirmou os termos do documento divulgado pelo Sinal-DF, intitulado "Mostrando a Cara" (Apito Brasil nº103 de 19/9/2006) e fez referência aos números de filiação às entidades sindicais (Apito Brasil nº128 de 12/12/2006), onde a categoria já deu o seu recado: a unidade se dá no Sinal, pois cerca de 5.800 livremente se filiaram ao Sinal, enquanto pouco menos de 400 optaram por cada um dos outros sindicatos.

 

Do Direitos da minorias e a "destruição das outras representações"

 

Quanto à alegação do representante do Sintbacen de que estaria em curso um "massacre das minorias e suas representações", o presidente do Sinal informou que doravante tem-se que observar a proporcionalidade de representação e que o Sinal sempre respeitou o direito constitucional de as pessoas se associarem onde melhor se sintam representadas.

 

Registrou, entretanto, que esse não é o comportamento do Sindsep, por exemplo, que afrontando a decisão da categoria, vem, desde 1999, tentando destruir o Sinal. A situação é, portanto, exatamente oposta: há uma minoria tentando cassar o direito do Sinal de representar os seus filiados em Brasília. Isso está documentado no processo processo nº1999.01.10.722025, onde o Sindsep vem sendo derrotado em todas as instâncias a que recorreu.

 

Sobre a divisão no BC: Sinal x Sindsep

 

O presidente do Sinal disse que já passou da hora de acabar essa disputa no BC. Lembrou que a maioria dos atores desse conflito, que teve suas origens lá nos anos 80, já saiu de cena e fez como o próprio atual presidente do Sinal que filiou-se ao Sindicato em 1994. Disse ainda que a maioria das pessoas que hoje estão BC nem sabem que briga foi essa e não entendem porque só em Brasília tem três sindicatos.

 

Ressaltou também que, sempre no interesse dos seus representados no BC, o Sinal tem atuado em atividades conjuntas com outras representações sindicais, em outros fóruns inclusive com o Sindsep.

 

Ao final da reunião, Lourenço, representando o Sindsep, fez referencia às suas conhecidas "bandeiras" quanto ao PASBC (que o Sinal discorda frontalmente), e negou que houvesse qualquer atividade conjunta entre o Sinal e o Sindsep.

 

Sem polemizar, o presidente do Sinal citou apenas dois exemplos recentes, para contradizer o Lourenço:

 

1) o Sinal contribuiu financeiramente, atendendo a solicitação do Sindsep em reunião na Cnesf, com o transporte de servidores para a manifestação no Congresso Nacional em 05/09/2006 (Apito Brasil nº98 de 6/9/2006), enquanto lutávamos pela aprovação da MP 295;

2) Os advogados do Sindsep, do Sinal e de outras quatro entidades sindicais estiveram na audiência pública no Senado sobre a PEC 12, e as entidades divulgaram um manifesto conjunto repudiando a PEC, alertando a todos sobre o calote em curso. O manifesto e os informes sobre este movimento estão no Apito Brasil (Apito Brasil nº94 de 31/8/2006).

 

Sabotagem na MP 295 contra os Técnicos

 

Diante da afirmação de um dos representantes do Sintbacen de que pessoas do Sinal teriam feito gestões na Casa Civil para o não acatamento de emendas dos Técnicos, o presidente do Sinal pediu o(s) nome(s) das pessoas. O colega voltou atrás e disse que "achava" que tinha havido…

 

Sobre "exclusividade" de representação

 

O futuro presidente do Sintbacen disse que não abre mão de exclusividade na representação dos Técnicos e, já que se falava em minorias nos indagou porque não temos "problemas" também com advogados.

 

David Falcão afirmou que o Sinal representa a todos: Analistas, Técnicos e Procuradores, ativos ou aposentados, inclusive seus pensionistas e que o número de Procuradores filiados ao Sinal é bastante significativo.

 

Esclareceu que não temos "problemas" com os Procuradores e que nos colocamos à disposição em defesa dos interesses próprios da carreira.

 

Fez lembrar que um dos cargos mais importantes do Sinal, a Secretaria Geral, é exercida com toda a dedicação, competência e responsabilidade por um Técnico, que temos muitos Técnicos filiados e que vários dos novos já exerceram essa opção pelo Sinal. Lembrou ainda que a AND aprovou todas as "bandeiras" quanto a modernização do cargo (acesso com nível superior e 70% dos vencimentos dos analistas).

 

Lamentou que em rede interna do Sintbacen, fossem veiculadas falsas afirmações atribuídas ao presidente do Sinal.

 

Conclusão

 

Diante de mais uma referencia a "desarmar os espíritos", o presidente do Sinal, falou que tem respeito e consideração por todos, antes de tudo, por tratar-se de colegas de trabalho no BC e que veio "desarmado", tanto que nem comitiva trouxe, vindo acompanhado apenas do colega Calovi, (os outros sindicatos vieram com oito representantes).

 

O atual presidente do Sintbacen, ao final da reunião, disse que não houve avanços, mas que o encontro foi "positivo".

 

Na ocasião, foi oferecido a cada um dos presentes um porta-documentos do Sinal.  

 

SINAL: O VERDADEIRO REPRESENTANTE DOS SERVIDORES DO BC

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