Edição 84 - 24/08/2005

O TIRO SAIU PELA CULATRA

Funcionalismo não se intimida e adesão cresce em todo o Brasil
Comissionados aderem em peso à paralisação
Brasília às moscas

No último dia 18, setenta por cento do corpo funcional parou. Hoje, já passamos de 80%.

Começamos com força nossa paralisação. Plenamente conscientes de nossos objetivos: o protesto contra o desmonte continuado do Banco Central e a abertura urgente da Mesa Setorial para discussão dos ítens da Pauta 2005, que há três meses está nas mãos do governo.

A adesão do funcionalismo é uma crítica frontal às condições indignas a que foram relegados a Instituição e seus funcionários.

A revolta contra a corrupção e o desgoverno tomou conta dos brasileiros, e os servidores do BC não deixaram por menos: tomaram-se de brios na defesa da Instituição a que servem. Em nome de seu trabalho sério, contra o desmonte do Banco e a favor da sociedade.

Veja abaixo como estava o movimento nas regionais, até à edição deste Informativo:

BRASILIA – 90% do funcionalismo paralisado, Mecir fechado. Mais de 700 pessoas do lado de fora do Edifício-Sede. O padrão de comparecimento do funcionalismo ao protesto é o da Campanha 2004 – movimento fortíssimo. Dos 287 funcionários que estavam trabalhando quando foi feito arrastão, 57 eram do Deinf (terceirizados). A imprensa compareceu, tendo sido entrevistado o Presidente Nacional, David Falcão.

BELO HORIZONTE – O movimento começou às oito horas, com um número de funcionários aproximado ao da semana passada, mas intensificou-se ao longo da manhã. O número de colegas que, em torno de meio-dia, participava da paralisação, totalizava cerca de 70% da dotação ativa da regional. Várias entrevistas foram dadas pelos dirigentes locais do SINAL, por telefone ou na porta do BC, visto que os funcionários fizeram a paralisação num dos subsolos do prédio, a que jornalistas não tiveram acesso. O Mecir está fechado.

FORTALEZA – Mecir parado, casa-forte também. A regional tem 140 funcionários na ativa, dos quais 57 trabalhando. Imprensa no local. Assembléia aprovou continuidade da paralisação amanhã.

SÃO PAULO – Mobilização forte, superior à da semana passada. Mecir fechado, tendo a cadeia bancária sido avisada de que o Departamento só voltará a trabalhar na sexta-feira. Direção regional avalia que a adesão é maior que a da paralisação anterior. Reunião com cerca de 40 comissionados do Desup decidiu: 1) vão paralisar amanhã e 2) vão reunir outros comissionados para convencê-los a fazer o mesmo.

SALVADOR – No Mecir, a adesão ao movimento aumentou. Trabalhando, aproximadamente 25% dos funcionários. Assembléia realizada às 9h30min decidiu por permanência do movimento e nova assembléia amanhã, no mesmo horário.

RECIFE – Mecir fechado. 56 assinaram lista. Imprensa compareceu ao local (Jornal do Comércio. Rádio Folha e CBN), e o Presidente Regional concedeu entrevistas.

RIO DE JANEIRO – Mecir parado, só chefes no interior do prédio. Na Adrja, poucos funcionários entraram para trabalhar. O número de servidores paralisados na porta do Banco avançou em relação ao da semana passada: 80%.

PORTO ALEGRE – Mecir fechado. 0800 não está funcionando e o atendimento ao público trabalha em regime de plantão. 50% paralisados. Imprensa, até o momento, só por telefone.

CURITIBA – Mecir fechado, paralisação de cerca de 50% do funcionalismo local.

BELÉM – 90% do funcionalismo paralisado – recorde na Regional -, Mecir sem funcionar. Assembléia marcada para as 15h30min.

FIQUE FIRME, PORQUE A HORA DE PROTESTAR É ESTA !
AMANHÃ, A PARALISAÇÃO CONTINUA, CADA VEZ MAIS FORTE.

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