Edição 83 - 23/08/2005

RECRUDESCER A PARALISAÇÃO: EM DEFESA DO BC E DE SEUS SERVIDORES

A Diretoria Colegiada promoveu o desconto dos servidores que paralisaram as atividades no dia 18. Sentiu-se acuada pela força da união do funcionalismo do BC e pela divulgação das informações de que patrocina o maior desmonte da história da Instituição, cujo exemplo mais concreto é o roubo milionário ao Mecir de Fortaleza. Com a medida truculenta, tenta legitimar-se em cima dos servidores.

É assim que, sempre mais realista que o rei, o Banco agilmente interpreta a legislação contra o funcionalismo.

Passivos trabalhistas, direitos mais do que líquidos, questões que poderiam ser resolvidas administrativamente, pleitos de campanha salarial? O BC contesta, recorre, tergiversa, adia … sem previsão de resolver.

Intimidatória resposta à coesão demonstrada pelos servidores nos dias 10 e 18. Naquelas paralisações, uma média de 70% do corpo funcional esteve unida não só visando à reabertura da Mesa Setorial para o BC.

Tratou-se de uma verdadeira onda de protesto contra o esvaziamento progressivo das atribuições do BC, a descaracterização paulatina do que é sua função social, o desmonte de suas estruturas mínimas de funcionamento adequado e, claro, a enorme defasagem salarial que se abate sobre os servidores.

Compete a nós gritar contra esse estado de coisas, e chamar a atenção do governo para um quadro que se vai afigurando irreversível. Cabe-nos lutar pela Instituição, posto que damos a ela, diariamente e há anos, o melhor de nós.

Esta é a hora de reverter esse processo destrutivo. De purgar o mal que tem sido feito ao BC, à revelia da responsabilidade de seu corpo funcional, seja por políticas governamentais exógenas ou por sucessivas e canhestras reestruturações internas.

Temos o dia de hoje para avaliar o efeito do anunciado desconto, desconto que o SINAL ainda está tentando reverter (vide ofício abaixo). É nossa responsabilidade decidir se recuamos, ou recrudescemos na demonstração de uma revolta surda, antiga, legítima. Agora é a hora de decidir o futuro.

Lutamos por uma causa justa, sem “mensalões” a nos envergonhar o passado. Vamos, portanto, seguir em frente !

Ah, uma informação adicional pra você: mesmo não tendo o governo intenção de dar reajuste linear ao funcionalismo, consta do substitutivo da LDO/2006 a proposta de concessão de 1,6 a 1,8% a esse título. (Relator bonzinho, não?) É o que teremos se recuarmos agora.

AMANHÃ, TODOS À PARALISAÇÃO!!

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