Nova edição da Por Sinal já está no ar
A edição número 37 da Por Sinal, a primeira deste ano, traz como tema principal o velho conhecido embate entre o governo e os servidores públicos – estes, como sempre, responsabilizados pela crise, pelo desequilíbrio das contas públicas e risco da volta da inflação.
Apesar de o Brasil já ser a sexta economia do mundo, à frente do Reino Unido, e a arrecadação de impostos não parar de crescer, o governo anunciou que não tem dinheiro para cumprir os acordos negociados durante o mandato do presidente Lula e, muito menos, repor as perdas inflacionárias, que já chegam a 22,8%, reivindicadas pelo funcionalismo federal. Na mesma matéria, é abordada, novamente, a questão da regulamentação da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), imprescindível para normatizar de uma vez as relações de trabalho na administração pública e assegurar ao servidor público federal os direitos de negociação coletiva e de greve.
Não menos importante, e consoante com a necessidade de um Estado atuante e regulador, apresentamos reportagem sobre a vulnerabilidade do setor público, tratando da crise nos países europeus, e resgatando um debate emblemático para os economistas: “qual o tamanho ideal do Estado e como sair da beira do abismo?” Vale destacar a observação de Marcelo Viana Estevão de Moraes, ex-secretário de Gestão Pública do Ministério do Planejamento, ao afirmar que o gasto com pessoal no Brasil nunca passou de 5% do PIB e que apesar de todos os concursos e contratações realizados entre 1997 e 2008, o quadro de servidores era equivalente ao da década anterior.
Ainda na discussão da crise internacional, trazemos a experiência da Islândia, que buscou um caminho próprio, e que deu certo, punindo os bancos responsáveis. Um país que desceu do céu ao inferno em apenas uma década, mas está lutando para se reerguer. O segredo? Não permitir que o governo estatizasse os prejuízos e transferisse a conta para a população.
Entrevistamos o deputado Amauri Teixeira (PT-BA), autor da PEC 147, que estabelece os mesmos parâmetros para a remuneração de 90,25% do subsídio dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para os auditores fiscais da Receita Federal do Brasil e do Trabalho e para o nível máximo da carreira dos servidores do Banco Central do Brasil.
No momento em que o governo trava uma batalha com os bancos para a redução dos juros e do spread bancários, a Por Sinal discute o assunto em dois artigos, de autoria de colegas do BC.
Tratamos, também, de um tema gravíssimo nos dias de hoje: o assédio moral, especialmente entre os bancários, que, se não atingirem as metas estipuladas pelos bancos, podem ser demitidos.
Por fim, nossa “Prata da Casa”, desta vez contando a história de Paulo Lino Gonçalves, diretor-secretário da regional paulista do Sinal, que ingressou no Banco Central em 1976 e credita ao destino o fato de sua vida profissional se confundir inteiramente com as atividades sindicais.
Vamos, então, à leitura.