Edição 67 – 10/5/2016
Banco Central do Brasil, órgão de Estado a serviço da sociedade
Os leitores de O Globo com menor familiaridade sobre a realidade desta autarquia podem ter ficado com errônea impressão, quando da leitura da matéria principal do último domingo, 8 de maio.
Estampando em manchete, o jornal informa que existem 10 mil cargos de confiança no governo federal. Logo na linha fina acrescentava que “petistas” estariam distribuídos entre “ministérios, presidência e Banco Central”.
Quem é da casa, sabe que integrar as carreiras do BCB é critério indispensável para assumir comissão. Não existe qualquer cargo comissionado na autarquia que não seja ocupado por funcionário de carreira, concursado especificamente para atuar na autoridade monetária. O exercício das funções de chefia e assessoramento é complexo e o sindicato sempre esteve atento a tentativas aqui e acolá de nomeação fora dos preparados quadros das carreiras próprias.
Ao tempo que reafirmamos a excelência dos servidores do Banco Central do Brasil, admitidos para exercer papel de Estado para a sociedade brasileira, encaminhamos à reportagem os elementos comprobatórios da inexistência de qualquer indicação externa a cargos de confiança por aqui.
O Globo fez nova nota, trazendo as considerações do Sinal e apresentando um levantamento de quantos servidores comissionados do BCB seriam filiados ao partido da presidente da República. Cabe reiterar: todos os mais de 1,2 mil chefes e assessores são funcionários concursados, escolhidos pelo domínio da técnica, sem interferência partidária ou governamental. O exercício da cidadania de cada um não soma nem subtrai pontos na avaliação dos profissionais da Casa. Antes ao contrário, só reforça o compromisso com a sociedade que todo órgão de Estado precisa ter.