Edição 194 – 22/12/2016
Mensagem da Diretoria de QVT
Este ano chega ao seu final mostrando que não há garantias para conquistas históricas e nem segurança quanto ao que considerávamos líquido e certo em horizonte de tempo mais próximo. Esse ambiente afeta o clima organizacional do Banco Central do Brasil (BCB), atingindo a todos nós e se refletindo em um ambiente de trabalho mais tenso.
A pauta da área de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) no Sinal é extensa, como muitos têm ciência, e nem sempre de fácil atuação junto aos colegas e à própria representação do BCB.
Neste período de quase dois anos da atual gestão da Diretoria de QVT, testemunhamos algumas iniciativas da administração do BCB. Algumas positivas, como a alteração das regras para liberação de servidor para treinamento, em especial no caso da licença capacitação. Outras, nem tanto, como a colocação de sistemas de controle de acesso em algumas sedes do BCB, inclusive com equipamentos de raio-X para bolsas, mochilas, causando constrangimentos à entrada no ambiente de trabalho.
Casos de assédio moral e sexual ainda são registrados pelo Sinal, sendo acompanhados de perto por nossa assessoria jurídica.
Demandou intensa atuação do Sinal, embora ainda sem retorno satisfatório por parte da administração do BCB, refere-se à mobilidade interna dos servidores, em especial os recentemente contratados. O modelo de concursos, em que não há praticamente alocação de vagas para as sedes regionais do BCB, faz com que surja forte pressão para os que, por motivos pessoais ou profissionais, gostariam de exercer suas atividades em outra cidade do país. De fato, parece estar ainda em andamento o processo de centralização de atividades na sede do BCB em Brasília, desfalcando o atendimento às demandas da sociedade em diversas partes do território nacional.
Outro foco de atuação da Diretoria de QVT pautou-se na manutenção e no aprimoramento do nosso plano de saúde. O Sinal, através da Diretoria de QVT, atuando de modo auxiliar à Diretoria de Assuntos Previdenciários, promoveu encontros nos quais os representantes eleitos pelos servidores no Comitê Gestor do PASBC puderam apresentar as principais dificuldades e desafios aos membros do Conselho Nacional e da Diretoria Executiva do Sinal. Os pontos destacados de debate colocados partem desde a necessidade de investimento em qualificação e contratação de servidores especializados na área de saúde, passando pela falta de pessoal para uma melhor supervisão dos serviços prestados por credenciados, chegando até mesmo às dificuldades de acompanhamento dos elevados custos médicos no atual sistema de saúde brasileiro.
O dia-a-dia do servidor, fortemente influenciado na forma como se dá a gestão do seu trabalho, é questão central para QVT. A discussão de formas alternativas de execução das atividades de trabalho que permitam um amplo leque de possibilidades na sua execução é central para que possamos aprimorar os resultados e, por causalidade mútua, realizar profissionalmente o servidor. Assim, propostas para a flexibilização da jornada de trabalho, com possibilidade de redução do tempo de trabalho em escritório, chegando até ao trabalho à distância, todas essas são alternativas a serem avaliadas para o melhor resultado do trabalho e maior satisfação do trabalhador. De fato, o setor público, de um modo mais amplo, parece caminhar nessa direção.
Os colegas podem continuar a contar com o apoio do seu sindicato no seu dia-a-dia.
A luta continua em 2017. Isto é QVT!
Saudações a todos!
Márcio S. Araujo
Diretor de QVT