A CARTA

    <!– /* Font Definitions */ @font-face {font-family:Verdana; panose-1:2 11 6 4 3 5 4 4 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:swiss; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:536871559 0 0 0 415 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";}@page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;}div.Section1 {page:Section1;}–>               Li na revistaÉpoca que o vereador paulistano Gabriel Chalita e o padre Fábio de Melo vãolançar o segundo livro da dupla, reunindo as 18 correspondências virtuaistrocadas pelo dois entre 2009 e 2010.                O que me chamou atenção na matéria foi constatar que, escrevendo à modaantiga, existem pessoas contrariando o atual modismo dos textos secos ediretos das correspondências virtuais (e-mails), que não possuem a intimidadecaracterística das correspondências de outrora, feitas  à mão. Isso semcontar que também está ultrapassada a época em que as cartas, escritas empapéis especiais e muitas vezes perfumados, eram enviadas em envelopes bemtransados juntamente com um par de pétalas de flores de significados especiais,ingredientes que adicionavam muito mais romantismo às correspondências.             Não tenho grandes lembranças sobre cartas que tenha escrito. Porém, umaque sempre pula a frente da minha lembrança foi escrita para a atriz BeteMendes, que interpretava a personagem Renata, na novela “Beto Rockfeller”, em 1968. A carta, que nuncaenviei, era tão apaixonada que chegava ao ridículo (como devem ser todas ascartas de amor).                 Recebipoucas cartas e, pelo que me lembro apenas duas provocaram taquicardia: a deuma namorada gaúcha que arranjei por correspondência e a da convocação para meapresentar ao Banco Central, no final de em 1977.             Agora, em abril deste ano, ou seja, trinta e dois anos depois de receber aprimeira mensagem  do BC, recebi uma correspondência da Instituiçãocumprimentando-me pela aposentadoria. Agradecia, ainda, os anos dedicados àCasa e me convidava – aceito de imediato – para continuar mantendo contato. Ainiciativa do Banco foi a mais marcante que recebi até hoje e teve o significadodo único diploma de honra ao mérito que ganhei.           Ante as prováveis insinuações irônicas de que devo mandar emoldurar acorrespondência e pendurar em lugar de destaque na sala da minha casa para quefique bem visível aos visitantes, informo que a providência já foi tomada.

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