A RETA FINAL

    Meus amigos a coisa está ficando cada dia mais acirrada. Uma disputa para ninguém botar defeito como há algum tempo não acontecia. Os que ainda têm chance de vencer, de chegar lá, como alguns dizem, vão a cada confronto se empenhar mais fundo com certeza. Ninguém quer perder. Infelizmente no embate direto vão ocorrendo fatos que lamento e que jamais poderemos aplaudir, todavia sei que já foi assim antes e agora não seria diferente. Como sempre acontece outros já ficaram pelo caminho. Toda vez é a mesma coisa. Há os que se inscrevem como concorrentes mesmo sabendo, lá no fundo do seu coração, que não terão chance de ir a lugar algum. Ocorre que mesmo assim sonham em “chegar lá” e até pregam um sucesso em que nem eles mesmos devem acreditar. Todavia jamais desistem antes da disputa. Os que seguem na briga, claro, briga no bom sentido da palavra, vão agregando mais admiradores, ou fãs, ampliando o leque da torcida a favor de cada um.  O clima vai esquentando não só entre os concorrentes como entre aqueles que os apóiam. Nem todos, infelizmente, sabem se comportar a altura de uma disputa tão séria, que mexe com as mentes e os corações de milhões de brasileiros.  A prova mais evidente do que digo aqui é a internet. Agora as torcidas, a favor de um ou de outro, têm ao seu dispor este espaço virtual onde parece que tudo é permitido.  Quando tanto condenamos a impunidade, aqui ela passeia, se exibe, se bronzeia, ataca, é atacada, chegando a extremos de agressividade. Os exemplos estão por aí, diariamente, a comprovar o que afirmo, só não vê quem não quer. Não bastassem as baixarias que alguns mentecaptos engendram e soltam qual pipas alucinadas tentando um “cruza” (como se dizia no meu tempo de criança) a tumultuar o processo da disputa, outros parece que desejam levar para esta reta final um clima ainda mais quente e violento. Acabam se atacando nas ruas. Mas, enquanto isso, os candidatos sérios à grande final vão fazendo o seu jogo, seja de cena, seja de palavras, seja teatral, procurando uma exibição mais convincente, porém também eficiente, de modo que consigam subir ao degrau maior do pódio. Enquanto isto os que torcem por este ou por aquele cobram maior e melhor participação, maior e melhor empenho, em qualquer das oportunidades que tiverem de se defrontar visando a “chegar lá”. O espaço está se afunilando, daqui a pouco tudo termina. Quem será o vencedor? Pena que entre tanto ódio nos corações dos que torcem para um lado e/ou para o outro. Tudo podia transcorrer num clima de respeito mútuo, mas não tem sido assim. Só temos que lamentar. Mesmo deplorando as atitudes de alguns que torcem por este ou por aquele, o fato é que acho bonito uma espécie de “guerra”, no bom sentido, das cores de suas bandeiras ou faixas. Gosto disso.  Bem, o tempo é implacável e logo chegaremos ao término do que se chama de “reta final”. Sem bandeirada, “a la” Fórmula Um, sem pódio, mas com alguém vitorioso, claro. O vice não ganha, mas pelo menos disputa bastante, com força, com ardor, com muito empenho, e por isso deve ser respeitado. Da minha parte não tenho interesse maior na disputa visto que não torço por nenhum dos concorrentes em questão. Mesmo assim gosto de acompanhar o desfecho da disputa. Parece que agora os mais cotados para chegarem a ser campeão são ou o Fluminense ou o Cruzeiro. Vamos ver. Meu Vasco está de fora. É isso aí. Ah, sim, posso não ter sido bem claro no correr do texto e alguém haver pensado que eu estava a me referir à disputa política. Não, eu focava mesmo era o atual Campeonato Brasileiro de Futebol. Resolvi dar um tempo na política, pois ela não me anda a fazer muito bem. Problemas “digestivos”, entendem? Desculpem. 

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