AS FOTOS DAS PAIXÕES CINEMATOGRÁFICAS

    Recebi um e-mail, contendo cenas de uma mesma atriz dançando em filmes diferentes, com o recado “nunca existiu uma mulher como Gilda”. Com cabelo preto, louro, ruivo, curto médio ou comprido, é sempre ela: Rita Hayworth, famosa atriz norte-americana que foi a minha primeira paixão internacional cinematográfica e a atriz com quem inaugurei a mania de colecionar fotos dessas idolatrias.Depois, descobri a Maureeen O’Hara, uma atriz que não chegou a ser a um “superstar”. Sensualíssima, abandonou cedo o cinema. Está com 92 anos, mas não quero ver suas fotografias atuais. Prefiro as lembranças daquelas em que me “matava” de paixão, como no clássico “Depois do Vendaval” em que contracena com John Wayne. Um filmaço que a moderníssima indústria cinematográfica de hoje em dia, não consegue repetir.Em o “O Candelabro Italiano”, Suzanne Pleshette, uma moreninha americana em férias na Itália, é disputada por um italiano maduro e por um jovem americano. Depois do lançamento do filme, em 62, toda moça passou a sonhar com o americano e todo rapaz com a moreninha, cujas fotos, por ser Suzane incrivelmente bela e graciosa, eram alvo de intenso comércio. Falecida, há poucos anos, me arrependi de ter visto sua última imagem. Estava deformada. Curti uma paixão secreta: Doris Day, a rainha dos filmes “água com açúcar”. Colava seus retratos na capa interna do meu classificador. Quase sempre interpretava a sexy ingênua. Esse tipo levou Groucho Marx a disparar: "Conheci Dóris Day quando ela ainda não era virgem". Ainda está viva, mas há muitos anos não aparece em nenhuma foto. Descobri Sofhia Loren, “caí de quatro” e reneguei todas as paixões anteriores. Sophia Loren possuía corpo perfeito, rosto lindo e a os lábios mais sensuais do cinema. Na minha carteira de dinheiro, o lugar reservado para o retrato da namorada, era ocupado por sua foto, que era sempre renovada. Suas imagens aos 78 anos revelam que ainda não passou dos 50.Achava que a Sofhia Loren seria insubstituível até descobrir a Naomi Watts que fez a mim e ao último macaco King Kong se “ajoelhar aos seus pés”. Não é muito badalada e nem uma estrelíssima, qualidades ameaçadas pelo seu próximo papel no cinema: Lady Di. Tinha fotos dela e de todas as outras paixões no micro do BC. Quando aposentei, passei para um “pen-drive” que guardo a sete chaves. Atualmente estão no meu computador fotos da Angelina Jolie, Penélope Cruz, Gwyneth Paltrowe e Scarlett Johansson, todas, à exceção da última, na casa dos 40 e últimas remanescentes de atrizes de beleza irretocável. Procuro substitutas na nova geração. Mas, como diz uma amiga minha, são todas macérrimas, branquelas, possuem a mesma cara estão sempre aprontando um escândalo. Deve ser pré-requisito para o cinema dos dias atuais.

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