BIFE DE FIGADO ACEBOLADO COM JILÓ

    <!– /* Font Definitions */ @font-face {font-family:Verdana; panose-1:2 11 6 4 3 5 4 4 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:swiss; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:536871559 0 0 0 415 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";}@page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;}div.Section1 {page:Section1;}–>           Tenho a mania de ler questionários de revistas e sites “de altonível” que indagam a “celebridades”, como a Mulher Melancia ou o MC Bill,questões fundamentais como “Qual o lugar mais esquisito que já fez amor (oBussunda respondeu que foi São Paulo)"? Se tivesse que mandar alguém parauma ilha deserta, quem seria?” Mas o meu interesse é apenas pela pergunta:”Qual o seu prato predileto?”           Como esses personagens fingem que pertencem a geração saúde, portanto, adeptosda comida saudável, respondem que a preferência é pelos sushis, sashimis,quiches, etc. Ninguém admite ser uma rabada,  uma dobradinha ou um cozido.           Essa minha mania de saber sobre a preferência das pessoas começou com o prazerque eu sentia em ver o meu pai devorar vários pratos de angu à baiana,preparado pela minha mãe, iguaria pela qual nunca tive grande atração, a nãoser nas madrugadas da Praça Mauá, aqui no Rio, quando o dinheiro curto batia defrente contra a imensidão da fome.           Também gosto de conhecer a opinião dos meus amigos, mesmo sabendo que a maioriaestá sob a ditadura de uma dieta médica que os levou a abandonar a feijoada, otorresmo, a carne seca gordurosa… Somente um deles me confessou a preferênciapor um prato que ainda não experimentei: arroz, feijão, batata frita e carnemoída com muito pimentão.           Neste texto estou confessando para a minha mãe que um dos meus pratosprediletos não era o bife com fritas como ela julgava. Explicando: quando vimmorar no Rio, voltava toda sexta para Friburgo. Mesmo chegando de madrugada emcasa, “doido” por um ensopadinho de carne com legumes, minha mãe semprepreparava o bife com fritas que eu havia comido a semana inteira por serpopular e barato.  Minha sorte era que em muitos domingos ela fazia oprato que mais gosto: galinha caipira com macarrão goela de pato.           O Joaquim F. dos Santos contou no Globo que um restaurante carioca pediu-lhe paraque ele emprestasse seu nome a um prato de sua escolha para ser incluído nocardápio. A iguaria que ele escolheu já me deu uma “rasteira”: quando a comidalá em casa estava “caída”, eu corria para a casa da minha avó, onde o menu erasempre “pro alto” e com direito a “bis”. Só que numa daquelas escapadas era diade bife de fígado com jiló – combinação que detesto – justo o prato que oJoaquim agora resolveu entronizar. Comi fazendo cara de quem estava"adorando" e o que é pior: com a obrigação moral de pedir"repeteco".

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