DUNGA

    <!– /* Font Definitions */ @font-face {font-family:Tahoma; panose-1:2 11 6 4 3 5 4 4 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:swiss; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:1627421319 -2147483648 8 0 66047 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";}p.normal, li.normal, div.normal {mso-style-name:normal; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";}span.normalchar {mso-style-name:normalchar;}@page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;}div.Section1 {page:Section1;}–>           Bem que tentei, mas não conseguifugir do assunto que tomou conta do país na semana passada: a convocação daseleção pelo Dunga. O texto não possui comentários sobre esquemas táticos, quemé melhor, etc., até porque a minha relação com o futebol é diferentedo torcedor comum. Vejo o esporte sem paixão e, dentro dele, só enxergo osvirtuosos, adepto que sou da teoria de "quem sabe, sabe. Quem não sabe,bate palma".                Quando era criança, minha mãe achava quetinha que jogar bola, brincadeira pela qual não tinha nenhum interesse. Passou entãoa me pegar pelo braço e me levar para o campo. Pouco depois houve a inversão:ela tinha que pegar pelo braço para me tirar do campo.                       E continuei participando das”peladas” dos recreios escolares e passava os finais de semana jogando bola.Quando comecei a trabalhar, meio expediente, na prefeitura de Friburgo, passeia estudar à noite. Então, de manhã jogava futebol. Almoçava e ia trabalhar.Saia “voado” às cinco e pouco depois estava no campo, ondeficava até quase sete da noite.                       Gosto de três times, pela ordem:Friburguense, Vasco e Santos. O Friburguense é o antigo Fluminense de Friburgo,onde meu pai jogou, foi o primeiro time que vi jogar e pelo qual torci, mas quenão ultrapassava os limites da cidade. A torcida pelo Vasco que não seiexplicar e a simpatia pelo Santos, por causa do Pelé, times de abrangêncianacional, vieram depois.                Paradoxalmente, mesmo adorando futebol(sou desses paro para ver  uma pelada derua), faz tempo que não aturo mais de quinze minutos de jogos de timesbrasileiros. Como não há mais craques por aqui, torna-se uma chatice. Vejo pelaTV, na integra, partidas finais dos grandes torneios europeus, onde atuam osgrandes jogadores.                    E assistir futebol para mim nunca foitorcer. Eu vejo um jogo com a máxima frieza. O resultado não faz muitadiferença. É claro que gosto de ganhar. Mas, se perder, o que posso fazer? Aexceção são os jogos da seleção brasileira. Aí me torno um ferrenhotorcedor.             Depoisde muito tempo, este ano, eu voltei a aliar a simpatia por um time à satisfaçãode ver jogar um time encantador: o Santos, que juntou num time só algunsjovens talentosíssimos. São dois fenômenos (tanto o aparecimento de craques,quanto coincidência de atuarem num mesmo time)  que não aconteciam háanos no Brasil.             E foi por isso que eu e muita genteficamos “pê” da vida com o Dunga quando da não convocação para a para a Copa doMundo dos dois únicos jogadores espetaculares em atividade no Brasil: Neymar ePaulo Henrique Ganso, assim como lamentei a ausência do Ronaldinho Gaúcho aquem considero um dos melhores jogadores de todos os tempos.                                 O cargo de técnico da seleção dá aoDunga a prerrogativa de escolher os jogadores que irão à África do Sul. Mas,não lhe dá o direito de privar, a nós, brasileiros, de torcer por umtime de virtuosos jogadores, que encantariam e provavelmente ganhariam aCopa e, de lambuja, assistir “o mundo, mais uma vez, curvar-se aos pés doBrasil”, como gostavam de proclamar os ufanistas.

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