Dados fracos de atividade reforçam aposta de manutenção da taxa Selic

    A semana iniciou com volume fraco de negócios ontem por conta do feriado nos Estados Unidos, levando o dólar e os juros futuros a fecharem perto da estabilidade. A reunião do Comitê de política monetária (Copom), que começa hoje e termina amanhã e que deve definir o patamar para a taxa básica de juros, concentra a atenção dos investidores.

    Tudo indica que, diante de dados fracos de atividade conhecidos nas últimas semanas, a ideia de interrupção de ciclo de aperto monetário tende a se consolidar como majoritária. O mercado, no entanto, reflete a aposta de uma retomada da alta da taxa Selic após as eleições.

    Esse quadro, somado ao ambiente externo, onde sobram elementos para a queda de juros, explica a pressão de baixa dos DIs, mesmo depois do recente recuo das taxas. Ontem, o DI para janeiro de 2017 fechou a 11,81%, estável em relação a sexta-feira. Já o DI para janeiro de 2015 encerrou a 10,90%, ante 10,89% na sexta-feira.

    Para os analistas, uma interrupção do ciclo de aperto monetário já está refletida no preço dos ativos e teria pouco efeito para o câmbio. Ontem, o dólar fechou estável a R$ 2,2240.

    A atenção dos investidores no mercado de câmbio nesta semana está voltada para o vencimento do lote de US$ 9,653 bilhões em contratos de swap cambial com resgate em 2 de junho. Se o BC seguir com a rolagem de US$ 250 milhões por dia e deixar liquidar US$ 4,5 bilhões do lote total, a taxa de câmbio pode sofrer uma correção, diz Italo Abucater, especialista em câmbio da corretora Icap.

     

    Fonte: Valor Econômico

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