Após seis quedas seguidas, o dólar encerrou o dia ontem vendido a R$ 2,942, uma alta de 0,7%. Conforme analistas, a alta ocorreu devido a um movimento técnico, com investidores ajustando posições à espera das decisões, hoje, do Comitê de política monetária (Copom) brasileiro e do Federal Reserve (Fed), o Banco CENTRAL dos Estados Unidos sobre taxas de juros. Nesse cenário, os especialistas avaliam que a divisa norte-americana continuará a pressionar a inflação.
Para o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, as quedas recentes do dólar não são uma tendência. Ele lembrou que, de setembro a abril, a moeda teve valorização de 30%, chegando a superar R$ 3,30. Na semana passada, a publicação do balanço da Petrobras e as sinalizações do Fed de só voltará a aumentar juros no fim do ano contribuíram para a queda da divisa.
Entretanto, Perfeito destacou que o BC tem sinalizado que a desvalorização do real é importante para a correção de preços relativos. “Um jantar em São Paulo custava o mesmo que uma refeição em Nova York. Esse ajuste é importante”, destacou. Ele ainda comentou que a esperada elevação das taxas de juros dos EUA terá impacto significativo no dólar.
Fonte: Correio Braziliense