Fiscalização sofre cortes

    VM

    A fiscalização do Banco Central, que já tirou do mercado banqueiros e administradores ruins e até criminosos, foi afetada pelos cortes de gastos deste ano. A redução foi de 23,2% na verba de custeio, o equivalente a R$ 47,1 milhões. A medida é parte dos ajustes feitos pelo Ministério do Planejamento que visam à formação de poupança para pagar os juros da dívida pública, economia chamada de superavit primário.

    A cota de sacrifício do BC é resumida em 26 ações para diminuir custos, entre elas a demissão de terceirizados, suspensão de viagens a serviço, corte de aparelhos celulares e diminuição de uso de internet portátil. A instituição também cortou em 25% as despesas médicas em Fortaleza, no Recife, no Rio de Janeiro e em Brasília. Para o Sindicato Nacional dos Funcionários do BC (Sinal), o ajuste está prejudicando os trabalhos.

    “Houve exagero. Agora, os fiscais só trabalham nas cidades em que há escritório regional do BC”, argumenta Daro Piffer, presidente do sindicato. O arrocho foi implementado em agosto, e os trabalhadores reclamam que o tempo foi curto para alcançar a meta de corte de gastos. Ainda de acordo com o sindicato, 40 supervisões em cooperativas, sistema de consórcios, distribuidora e corretoras deixaram de acontecer neste ano. A ação teria sido um protesto dos trabalhadores contra a redução das diárias de viagem.

     

    Fonte: Correio Braziliense

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