Os perigos da indexação

    Redação

    A presidente Dilma Rousseff evitou comentar ontem o aumento dos preços dos combustíveis aplicado pela Petrobras no mês passado. Sobre a fórmula de correção automática, no entanto, ela fez questão de se posicionar e disse ser contra a fórmula de reajuste com base nos preços internacionais de petróleo.

    “A indexação talvez seja a memória mais forte do processo inflacionário crônico que nós vivemos, ao longo dos anos 1980 e 1990. É algo extremamente perigoso. Então, indexar a economia brasileira ao câmbio ou a qualquer outra variável externa é uma temeridade”, argumentou Dilma.

    Ainda falando sobre infraestrutura, a chefe do Executivo comemorou a liberação pelo Tribunal de Contas da União (TCU) da primeira licitação de ferrovias, no trecho que ligará Lucas do Rio Verde (MT) a Campinorte (GO). “Nós não temos como sustentar o transporte de carga pelo país afora com o custo que ele tem hoje.”

    Para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, os leilões de ferrovias deverão, finalmente, ocorrer no próximo ano, apesar de especialistas estarem desconfiados do modelo que o governo criou. Os analistas argumentam que as mudanças feitas ainda não transmitiram a segurança necessária para que houvesse interessados em assumir investimentos tão altos.

    Mantega defende que, pelo menos, 50% dos problemas estão resolvidos com a criação de uma estrutura financeira. De acordo com o ministro, existem 20 projetos já aprovados para serem concedidos à iniciativa privada. 

     

    Fonte: Correio Braziliense

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