Edição 100 – 14/7/2015

A campanha avança e o cenário recomenda manter o foco


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O gráfico ilustra a crescente defasagem salarial dos Servidores Públicos Federais (SPF), em relação ao patamar alcançado em julho de 2010, data de pagamento da última parcela decorrente dos acordos salariais celebrados no final da década passada. Em termos absolutos, a defasagem já supera, hoje, os 20%, podendo chegar aos 23%, no final do ano.

Também ilustra a recuperação do poder aquisitivo de julho de 2010 – discutido em matéria recente, veiculada no Apito 92 –, com a concessão do reajuste pleiteado pelo Fórum SPF, de 27,3%, em janeiro de 2016, em contraposição ao agravamento do arrocho salarial, inserido na contraproposta apresentada pelo governo: reajuste parcelado de 5,5%, em janeiro de 2016; 5,0%, em janeiro de 2017; 4,75%, em janeiro de 2018, e 4,5%, em janeiro de 2019.

Ainda, no gráfico, a corrosão salarial de agosto de 2010 a dezembro de 2015, numericamente expressada pelo total aproximado de 10,3 salários mensais que os servidores deixaram de receber, resultante da somatória das defasagens salariais mensais calculadas e atualizadas até dezembro de 2015, pela variação do IPCA.

Observe-se que o reajuste de 27,3% não repõe as perdas passadas – os citados 10,3 salários -, porém, considerando as estimativas inflacionárias atuais, recupera e mantém, na média, em 2016, o patamar de julho de 2010.

Por sua vez, a contraproposta governamental, de 5,5%, em janeiro de 2016, além de não repor perdas passadas, afasta sobremaneira os servidores do poder aquisitivo pretendido.

De qualquer forma, a negociação precisa avançar. Nesse sentido, cabe ao governo melhorar sensivelmente sua contraproposta, não restando dúvida de que o incremento no percentual de reajuste será tanto maior quanto mais intensa a mobilização dos servidores.

No momento, é o caminho!

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