Motivos não faltam. O arrocho salarial, o congelamento dos benefícios, as portas fechadas do governo face à justa demanda dos servidores por negociação permanente. Amanhã, 7 de Maio, servidores de múltiplas categorias da esfera federal vão outra vez à Esplanada, procurar sensibilizar as autoridades para uma situação que pode se tornar insustentável amanhã, se hoje não forem tomadas providências apaziguadoras.

O tristemente famoso 5-5-5, se atenua as perdas que os titulares do poder executivo pretendiam impor aos “sangue-azuis”, nem reflete a maravilhosa reposição prometida de 0,5% ao ano nem sequer cobre a corrosão salarial no atual governo. Comer menos e fiscalizar menos, esse parece ser o motivo de o auxílio refeição e a indenização de transportes permanecerem com o mesmo valor nominal do mês passado. E ainda insatisfeitos, mais uma subcorreção da tabela do imposto de renda, retirando dos assalariados mais uma lasca em favor do Tesouro.

Encontramos agora os servidores das universidades federais em greve. A resposta da Secretaria de Relações do Trabalho (?!) é que “vai arrebentar com eles”. Como resposta, todos viram a disposição dos policiais e auditores fiscais em parar também, se até a Copa o governo não antecipar a parcela 2015 e atender minimamente o pleito daquelas carreiras.

Precisamos, diante desse quadro, ajustar o nosso caminho. Mas certamente ele passa pela ida de todos os servidores do Banco Central à Esplanada amanhã, às 9 horas em frente à Catedral.